Cerca de 3 mil palestinos foram mortos na Faixa de Gaza por ataques de Israel, em resposta ao atentado do Hamas no Estado judeu no dia 7 de outubro, que vitimou 1,4 mil pessoas. Do total de mortes registradas em Gaza até o momento, mil são de crianças, de acordo com o ministério de saúde local.
Conforme informações da emissora Al Jazeera, mais de 12.500 ficaram feridos na Faixa. Já na Cisjordânia, foram contabilizados 61 palestinos mortos e mais de 1.250 feridos.
Acredita-se, ainda, que cerca de 1.200 pessoas – entre elas, aproximadamente 500 menores de idade – estejam presas sob os escombros em Gaza, segundo autoridades. As estimativas são baseadas nas chamadas de socorro que foram recebidas. “Muitas vezes os médicos dizem que ouvem as vítimas gritar, mas não podem fazer nada a respeito”, relatou Mohammed Abu Selmia, diretor geral do Hospital Shifa, o maior centro médico da Faixa de Gaza.
Ali Ahad, um residente de 37 anos, disse que as equipes de resgate não apareceram quando os ataques aéreos de Israel destruíram o prédio residencial vizinho. Ele e seus amigos correram para fora de chinelos, vasculharam os escombros e lutaram para tirar das ruínas homens e mulheres cobertos de sangue.
Quando viram uma ambulância passando pela rua em direção ao Hospital Shifa, correram atrás do veículo batendo nas janelas para fazê-la parar e, assim, colocar as pessoas para dentro. “Há pessoas como nós usando as próprias mãos, e não temos experiência em fazer essas coisas”, lamentou. “Não há infraestrutura. Não há capacidade”.