O Hezbollah disparou uma série de foguetes contra Israel depois que pelo menos três de seus membros foram mortos durante um bombardeio israelense no sul do Líbano, em meio a crescentes tensões na fronteira.
O grupo armado libanês, em comunicado divulgado na segunda-feira(09), disse que disparou foguetes e morteiros contra dois postos militares israelenses na Galiléia. Os militares israelenses disseram ter identificado uma série de “lançamentos” do Líbano para Israel, sem feridos. Disse que estava respondendo com fogo de artilharia contra o Líbano.
O Hezbollah confirmou em declarações que os bombardeios israelitas mataram pelo menos três dos seus membros.
Segundo a agência de notícias Associated Press identificou os mortos como Hussam Mohammad Ibrahim, Ali Raef Ftouni e Ali Hassan Hodroj.
“Martirizados como resultado da agressão sionista no sul do Líbano na tarde de segunda-feira”, disse comunicado do Hezbollah.
Os militares israelenses começaram a bombardear o sul do Líbano na segunda-feira, após um ataque transfronteiriço reivindicado pelo grupo armado Jihad Islâmica Palestina (PIJ).
O exército israelense disse que soldados apoiados por helicópteros mataram pelo menos dois homens armados que cruzaram a fronteira.
Mas o grupo armado apoiado pelo Irã evitou até agora uma participação mais profunda e negou envolvimento no ataque da PIJ que ocorreu na segunda-feira.
Os militares israelitas afirmaram que as suas forças “mataram vários suspeitos armados que se infiltraram no território israelita a partir do território libanês”, mas não forneceram um número específico.
Ali Hashem, da Al Jazeera, disse que o assassinato de combatentes do Hezbollah representa uma “verdadeira escalada” na fronteira libanesa, observando que o grupo frequentemente retalia pelo assassinato dos seus membros. O Hezbollah e Israel não têm visto um grande confronto desde a guerra de 2006.
O ex-general do exército libanês Elias Farahat disse à Al Jazeera que ainda não está claro se os confrontos entre Israel e o Hezbollah continuariam a aumentar.
“Penso que o conceito das regras de combate vai continuar, ou seja: disparar contra um alvo, e os israelitas responderão sobre a origem do disparo. Não há ideia e ninguém de ambos os lados que pense em ampliar a frente de confronto entre si. Até agora está restrito a alvos definidos.”