Após ser declarada morta por funcionários de uma casa de repouso, uma idosa de 74 anos foi encontrada viva na funerária para a qual foi levada. O caso aconteceu nesta segunda-feira (3), em Nebraska, nos Estados Unidos.
Cerca de duas horas após a constatação do óbito, o agente funerário que preparava o corpo de Constance Glantz percebeu sinais vitais: ela ainda respirava. Imediatamente, a idosa recebeu reanimação cardiopulmonar no local.
Em seguida, as autoridades foram acionadas e Glantz foi levada às pressas para um hospital, conforme relatado pelo vice-chefe do condado de Lancaster, Ben Houchin, em uma coletiva de imprensa.
“Este é um caso muito incomum. Trabalho nessa área há 31 anos e nunca vi nada parecido chegar a esse ponto antes“, disse Houchin.
A polícia investiga o incidente, mas até o momento não encontrou indícios de crime por parte da casa de repouso. Houchin também informou que a família de Glantz está ciente da situação.
Embora incomum, situação da idosa não é única
Em 2023, no Equador, Bella Montoya, de 76 anos, foi declarada morta após um suposto derrame. Colocada em um caixão, ela foi levada para uma funerária para uma vigília antes do sepultamento. Cinco horas depois, durante a troca de roupa, foi encontrada viva. Infelizmente, faleceu alguns dias depois.
Em 2018, na África do Sul, uma mulher também foi dada como morta após um acidente de trânsito, mas encontrada viva em um refrigerador da morgue.
O Dr. Stephen Hughes, professor sênior de medicina na Escola de Medicina da Anglia Ruskin University em Chelmsford, explicou à BBC que tais casos, apesar de raros, acontecem porque “a morte é um processo“. Segundo ele, “às vezes, alguém pode parecer morto, mas não está completamente morto. Um exame cuidadoso é necessário“.
O especialista ressalta que os médicos geralmente verificam por sons cardíacos ou respiração por pelo menos um minuto antes de declarar alguém morto. Além disso, alguns medicamentos podem retardar os processos corporais, dando a falsa impressão de falecimento.