Um incêndio atingiu o dormitório da Hillside Endarasha Academy, um internato primário para jovens estudantes localizado na região central do Quênia na madrugada desta sexta-feira (6). O incidente resultou na morte de 17 meninos que dormiam no local, conforme informações fornecidas pela polícia.
A Citizen Television relatou que o fogo foi tão intenso que deixou as vítimas irreconhecíveis. Além das fatalidades, 14 outros alunos ficaram feridos. A porta-voz da polícia, Resila Onyango, confirmou: “Nossa equipe está no local no momento”.
O Quênia possui um histórico de incêndios em instituições de ensino, muitos dos quais foram determinados como atos criminosos. Em setembro de 2017, nove estudantes perderam a vida em um incêndio na capital, Nairóbi. Outro incidente mortal ocorreu em 2001, quando 58 estudantes morreram no incêndio da Kyanguli Secondary School, nos arredores de Nairóbi. Em 2012, oito estudantes foram mortos em um incêndio no condado de Homa Bay, no oeste do Quênia.
Vítimas do incêndio em colégio interno
Os meninos mortos no incêndio tinham entre 9 e 13 anos, cursando da 4ª à 8ª série. Segundo o porta-voz do governo, Isaac Mwaura, o dormitório abrigava 156 alunos no momento do incidente. As autoridades ainda não esclareceram a causa do incêndio.
O presidente William Ruto declarou que as autoridades foram instruídas a investigar o que chamou de “incidente horrível” e assegurou que os responsáveis serão punidos. A Cruz Vermelha do Quênia informou, na rede social X, que a escola foi isolada.
Por que os incêndios em escolas no Quênia são comuns?
Vários fatores contribuem para a recorrência de incêndios em escolas no Quênia, entre eles a falta de supervisão adequada, com a ausência de inspeções regulares de segurança que resulta na negligência de instalações elétricas e medidas de prevenção.
Além disso, atos de vandalismo, muitas vezes motivados por sabotagem ou disputas internas, também estão entre as causas. A infraestrutura deficiente, consequência de recursos limitados, agrava o risco de acidentes.
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