escalada da violência

Iraque está “no fio da navalha”, diz chefe de missão da ONU

Ela salientou a necessidade de “contenção de todos os lados”, o que inclui os ataques internos e externos, além dos atores armados que operam fora do controle do Estado

Nesta terça-feira (6), Jeanine Hennis-Plasscha, chefe da missão política da Organização das Nações Unidas no Iraque, se reuniu com o Conselho de Segurança. De acordo com a Al Jazeera, ela declarou que pretende renunciar do cargo em maio e adicionou que o país está "no fio da navalha".
Jeanine Hennis-Plasscha, chefe da missão política da ONU no Iraque – Créditos: YouTube/Reprodução

Nesta terça-feira (6), Jeanine Hennis-Plasscha, chefe da missão política da Organização das Nações Unidas no Iraque, se reuniu com o Conselho de Segurança. De acordo com a Al Jazeera, ela declarou que pretende renunciar do cargo em maio e adicionou que o país está “no fio da navalha”.

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O objetivo da Missão de Assistência da ONU para o Iraque é fomentar o diálogo político e facilitar a coordenação entre ajuda humanitária e desenvolvimento. Contudo, o país foi alvo de ataques recentemente, sobre os quais Hennis-Plasschaert apelou por um fim. Ela salientou a necessidade de “contenção de todos os lados”, o que inclui os ataques internos e externos, além dos atores armados que operam fora do controle do Estado.

“Embora estejamos, obviamente, cientes de que muitas autoridades e intervenientes procuram limitar uma nova escalada, é claro que a situação permanece volátil. O Iraque – na verdade, toda a região – permanece no fio da navalha, com o mais ínfimo erro de cálculo a ameaçar uma grande conflagração”, acrescentou.

A instabilidade do Iraque

Os grupos alinhados com o Irã, conhecidos como o “Eixo da Resistência”, têm realizado ataques contra alvos israelenses e norte-americanos em países como Líbano, Iêmen, Iraque e Síria. Vale ressaltar que esses ataques ocorrem desde que Israel começou sua guerra em Gaza após o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023.

No entanto, em resposta, Washington também lançou ataques. Isso resultou em um ciclo de escalada de violência que, segundo autoridades iraquianas, representa uma ameaça ao progresso rumo à estabilização do país após décadas de conflito.

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O embaixador russo na ONU, Vassily Nebenzia, declarou que os ataques aéreos dos Estados Unidos, que resultaram na morte de mais de uma dúzia de pessoas, incluindo civis, evidenciam o desrespeito de Washington pelo direito internacional. Ele acusou os EUA de buscar envolver as potências do Oriente Médio, como o Irã, em um conflito regional.

A China também criticou os EUA pelos recentes ataques nesta segunda-feira (5), em uma reunião do Conselho de Segurança. Além disso, Moscou afirmou que a escolha norte-americana em realizar os ataques estaria relacionada com as eleições presidenciais do país em Novembro.

*texto sob supervisão de Tomaz Belluomini

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