Neste sábado (25), Israel bombardeou a cidade de Rafah, um dia após a Corte Internacional de Justiça (CIJ) ordenar que o país interrompesse suas operações militares na área.
Além disso, outras regiões foram atingidas, incluindo Khan Yunis no sul, Deir Al-Balah e Nuseirat no centro, e Jabalia e Cidade de Gaza no norte, de acordo com a agência AFP.
Segundo a ordem do tribunal da ONU, Israel deve “interromper imediatamente a sua ofensiva militar e quaisquer outras ações na cidade de Rafah que imponham aos palestinos de Gaza condições de vida que possam levar à sua destruição física total ou parcial”.
No entanto, ainda que a determinação aumente a pressão sobre as autoridades israelenses, a Corte Internacional de Justiça não dispõe de meios para garantir que o país cumpra a decisão.
What a weird way of saying Israel is defying the ICJ order, in accordance with the genocide convention, to stop its assault on Rafah.
It’s not “fierce criticism,” it’s called international law. pic.twitter.com/pTd6xjuFpL
— Assal Rad (@AssalRad) May 25, 2024
A determinação da Corte Internacional de Justiça
A decisão atende a um pedido da África do Sul. Na semana passada, uma equipe jurídica sul-africana pediu à corte que impusesse mais restrições à incursão de Israel em Rafah.
Em suma, país alegou que esse era “o último passo na destruição de Gaza e de seu povo”. Além disso, destacou que o controle de Israel sobre os dois principais pontos de passagem na fronteira sul de Gaza impede a entrada de ajuda humanitária.
Em contrapartida, o governo britânico discordou da ordem de suspensão das ofensivas militares. Para o Reino Unido, a decisão beneficia o grupo terrorista Hamas.
“O motivo de não haver uma pausa nos combates é que o Hamas rejeitou uma oferta muito generosa de Israel sobre a soltura de reféns. A intervenção desses tribunais — incluindo a CIJ — reforçará a percepção do Hamas de que eles podem manter reféns e continuar em Gaza”, declarou, na sexta-feira (24), um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido.
* Sob supervisão de Lilian Coelho