determinação desobedecida

Israel bombardeia Rafah após ordem da Corte Internacional de Justiça para encerrar ataques

Segundo a decisão do tribunal da ONU, as forças israelenses deveriam “interromper imediatamente a sua ofensiva militar”

O aumento dos ataques no Líbano tem atraído críticas globais, especialmente do chefe de refugiados da ONU, Filippo Grandi.
Rafah – Crédito: Getty Images

Neste sábado (25), Israel bombardeou a cidade de Rafah, um dia após a Corte Internacional de Justiça (CIJ) ordenar que o país interrompesse suas operações militares na área.

Publicidade

Além disso, outras regiões foram atingidas, incluindo Khan Yunis no sul, Deir Al-Balah e Nuseirat no centro, e Jabalia e Cidade de Gaza no norte, de acordo com a agência AFP.

Segundo a ordem do tribunal da ONU, Israel deve “interromper imediatamente a sua ofensiva militar e quaisquer outras ações na cidade de Rafah que imponham aos palestinos de Gaza condições de vida que possam levar à sua destruição física total ou parcial”.

No entanto, ainda que a determinação aumente a pressão sobre as autoridades israelenses, a Corte Internacional de Justiça não dispõe de meios para garantir que o país cumpra a decisão.

A determinação da Corte Internacional de Justiça

A decisão atende a um pedido da África do Sul. Na semana passada, uma equipe jurídica sul-africana pediu à corte que impusesse mais restrições à incursão de Israel em Rafah.

Publicidade

Em suma, país alegou que esse era “o último passo na destruição de Gaza e de seu povo”. Além disso, destacou que o controle de Israel sobre os dois principais pontos de passagem na fronteira sul de Gaza impede a entrada de ajuda humanitária.

Em contrapartida, o governo britânico discordou da ordem de suspensão das ofensivas militares. Para o Reino Unido, a decisão beneficia o grupo terrorista Hamas.

“O motivo de não haver uma pausa nos combates é que o Hamas rejeitou uma oferta muito generosa de Israel sobre a soltura de reféns. A intervenção desses tribunais — incluindo a CIJ — reforçará a percepção do Hamas de que eles podem manter reféns e continuar em Gaza”, declarou, na sexta-feira (24), um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido.

Publicidade

 * Sob supervisão de Lilian Coelho

Assine nossa newsletter

Cadastre-se para receber grátis o Menu Executivo Perfil Brasil, com todo conteúdo, análises e a cobertura mais completa.

Grátis em sua caixa de entrada. Pode cancelar quando quiser.