O mundo inteiro está envelhecendo. Porém, alguns países têm populações mais idosas do que outros. Esse é o caso do Japão, que tem enfrentado a falta de mão de obra com uma tecnologia cada vez mais presente.
O primeiro ano em que a nação registrou um número de mortes maior que o de nascimentos ocorreu em 2008. De acordo com o Instituto Nacional de População Japonês, a população em 2022 era de 126 milhões. A projeção para 2056, por outro lado, é de menos de 100 milhões.
Em termos práticos, isso significa que faltará força de trabalho para sustentar o país. Ao mesmo tempo, a quantidade de idosos tende a aumentar: mais de uma a cada 10 pessoas no país têm de 80 anos para mais. Dados oficiais indicam que 29,1% da população possui 65 anos ou mais.
Idade média do Japão
– 1960: 25,4 anos
– 2020: 48,4 anos
Os reflexos do envelhecimento da população mundial já estão sendo sentidos, nos mais variados aspectos da vida em sociedade e na economia. https://t.co/d0rIrRmTX9— Paulo Filho (@PauloFilho_90) January 5, 2023
Efeitos do envelhecimento
Além de afetar o orçamento oficial do Estado, a conjuntura também abala diversos setores comerciais. Na agricultura, por exemplo, a média de idade dos operários é de 68 anos – e muitos não têm filhos. Por isso, o Japão utiliza tratores de condução autônoma para manter o nível básico de produtividade, enquanto outros países têm esse recurso como complemento às colheitas.
O mesmo acontece nas cidades, onde a dificuldade de encontrar mão de obra abala o custo do produto, sua qualidade e as condições de trabalho dos funcionários. Numa sociedade que valoriza a vida profissional ao ponto dela se tornar uma questão de honra, pode ser nocivo viver sob tais circunstâncias.