
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse na segunda-feira (2) que só entregará o poder para outro mandatário chavista.
Maduro e o movimento chavista
A fala de Maduro ocorreu em um encontro com militantes do movimento bolivariano no mesmo dia em que a justiça venezuelana emitiu um mandado de prisão contra o candidato que disputou a eleição presidencial contra ele, Edmundo González.
“Sou, por razão da vida, o primeiro presidente chavista da história da Venezuela. E quando entregar meu mandato, entregarei a um presidente ou a uma presidente chavista, bolivariana e revolucionária”, asseverou o presidente venezuelano.
“Oposição é fascista”
O presidente Maduro também acusou a oposição no país, liderada por María Corina Machado, de ter raízes no fascismo e de ser submissa aos interesses dos Estados Unidos (EUA).
Na cerimônia com os militantes, chamada de Encontro das Cinco Gerações, o mandatário fez uma leitura histórica do processo de desenvolvimento da América Latina, onde inseriu o próprio movimento político como força de resistência contra o que chamou de “abusos e genocídio” causado pelos EUA e pelos países da Europa.
“O processo de resistência foi contínuo. Nunca deixamos de lutar. Os povos aborígenes resistiram, assim como os afrodescendentes que chegaram aqui. Se pudéssemos dizer uma diferença abismal entre o bloco histórico revolucionário, bolivariano e chavista — fundado pelo comandante Chaves — em comparação com as distintas facções da oligarquia nacional podemos dizer que eles não têm história. Eles têm dinheiro, ambição e interesses pessoais. Nós temos um legado que temos que defender com a nossa própria vida”, acrescentou.
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