* por Carlos Burgueño

O FMI e o Papa alertam: sem a classe média, o ajuste econômico na Argentina fracassará

Ambos disseram a Milei que o plano deve ser inclusivo e que deve haver uma contenção social ativa, concreta e mensurável

Javier Milei recebeu dois avisos de figuras internacionais proeminentes sobre as consequências do ajuste fiscal nas classes média e baixa. Ambos foram dados em reuniões privadas de alto nível, onde a sinceridade foi um ponto em comum.
Os avisos foram dados em reuniões privadas de alto nível, onde a sinceridade foi um ponto em comum – Créditos: Pablo Temes

Javier Milei recebeu dois avisos de figuras internacionais proeminentes sobre as consequências do ajuste fiscal nas classes média e baixa. Ambos foram dados em reuniões privadas de alto nível, onde a sinceridade foi um ponto em comum.

Publicidade

O Papa Francisco, no Vaticano, e Gita Gopinath, em Buenos Aires, mencionaram, provavelmente com objetivos diferentes, que o presidente tem todo o direito de aplicar o plano econômico que considere necessário para tirar o país da crise. No entanto, eles o alertaram que, para que o plano seja bem-sucedido, é crucial considerar a inclusão das pessoas que serão afetadas por esse ajuste.

Publicidade

“Não acredito na teoria do derrame. No entanto, não vou me intrometer no plano econômico. Apenas digo que você só conseguirá implementá-lo se a classe média, se as famílias, estiverem incluídas”. Francisco recebeu Javier Milei na segunda-feira, 12 de fevereiro, no Vaticano, em um encontro que todos concordam que foi mais do que amistoso. E que tocou a sensibilidade do visitante. O Papa abriu seu escritório para o argentino por mais de uma hora, onde falou com absoluta sinceridade e fez apenas um pedido para o futuro: que não use politicamente o encontro. Milei abaixou a cabeça e comprometeu-se com o pedido. Antes, discutiram sobre o severo plano de ajuste implementado pelo libertário, e o anfitrião foi claro ao afirmar que não o convenceria sobre os efeitos dos ajustes ortodoxos. Brincou um pouco sobre seu papel de “Papa comunista” e deu a permissão para que Javier Milei possa aplicar sua ideia para enfrentar a crise. Ou, pelo menos, afirmou que não fará declarações públicas que visem minar a governabilidade de Javier Milei. Apenas ressaltou as consequências do ajuste sobre as famílias e lembrou que não haveria chances de sucesso sem aceitar planos de apoio para a classe média.

Leia a matéria completa aqui.

Publicidade

Assine nossa newsletter

Cadastre-se para receber grátis o Menu Executivo Perfil Brasil, com todo conteúdo, análises e a cobertura mais completa.

Grátis em sua caixa de entrada. Pode cancelar quando quiser.