Ao menos 15.000 pessoas morreram na Europa por conta das ondas de calor registradas em 2022, informou nesta segunda-feira (7) a Organização Mundial da Saúde (OMS), destacando a Espanha e a Alemanha como os países mais afetados.
No comunicado oficial, o diretor do escritório europeu da OMS, Hans Kluge, indicou que o número ainda “pode aumentar”. O relatório aponta que a Alemanha teve 4,5 mil mortos, cerca de quatro mil na Espanha, mais de 3,2 mil no Reino Unido e mais mil pessoas em Portugal.
A Europa registrou o verão mais quente de sua história em 2022, o que provocou sucessivos recordes de calor e muitos incêndios. Entretanto, a OMS também destacou que essa não é uma história nova: cerca de 148 mil pessoas morreram por conta das temperaturas extremas nos últimos 50 anos.
“As mudanças climáticas já estão nos matando, mas uma ação forte hoje pode evitar mais mortos”, destacou a organização.
O balanço das ondas de calor na Europa foi divulgado durante a COP27 (27ª Conferência do Clima), que acontece em Sharm el-Sheikh, no Egito. Na abertura do evento, no domingo (6), a OMS já havia defendido que a saúde esteja no centro das discussões:
“As mudanças climáticas estão deixando milhões de pessoas doentes ou mais vulneráveis a doenças em todo o mundo e o aumento da destruição causada pelas temperaturas extremas afeta de forma desproporcional as comunidades pobres e marginalizadas”, afirmou o diretor-geral da organização, Tedros Adhanom.
Eu tenho visto uma galera fazer piadinha sobre as ondas de calor da Europa pq aqui a gnt tem temperaturas mais altas e queria lembrar a vocês que existe um processo chamado ACLIMATAÇÃO
Nós estamos biologicamente acostumados a uma faixa de temperatura por causa de onde moramos (1)— Ariel Strauss ⚢ | 📖: O Exorcista (@_arielstrauss) July 20, 2022