AS CRIANÇAS DA GUERRA

ONU adiciona Rússia à lista de criminosos por matar crianças na Ucrânia

Relatório enviado ao Conselho de Segurança informa que forças russas realizaram 480 ataques a escolas e hospitais ucranianos

ONU adiciona Rússia à lista de criminosos por matar crianças na Ucrânia
O relatório da ONU informa que forças russas foram responsáveis por 518 mutilações de crianças na guerra da Ucrânia (Crédito Foto: Scott Olson/Getty Images)

A Organização das Nações Unidas (ONU) adicionou a Rússia a uma lista global de criminosos por matar 136 crianças na Ucrânia em 2022, de acordo com um relatório enviado ao Conselho de Segurança da entidade. O documento foi acessado pela agência Reuters e, posteriormente, confirmado pela CNN.

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A agencia citou o relatório da ONU afirmando que forças russas e grupos paramilitares “mutilaram 518 crianças e realizaram 480 ataques a escolas e hospitais ucranianos”.

Os militares da Rússia também usaram 91 crianças como escudos humanos na guerra, ainda segundo o relatório. A Rússia negou por diversas vezes ter alvejado civis no conflito.

O relatório foi escrito por Virginia Gamba, representante especial do secretário-geral da ONU, o português Antonio Guterres, para crianças e conflitos armados.

No mês passado, Gamba teria visitado a Ucrânia e a Rússia, onde se encontrou com Maria Lvova-Belova, a oficial russa procurada pelo Tribunal Penal Internacional por um suposto esquema para deportar crianças ucranianas para a Rússia.

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De acordo com o portal do governo ucraniano Children of War, a invasão em grande escala da Rússia matou 490 crianças e feriu 1.028 em junho de 2023.

A guerra da Ucrânia já provocou intenso deslocamento de cidadãos que migraram para países vizinhos na Europa Oriental, principalmente Polônia, Hungria e Romênia. O conflito em breve irá entrar no 17º mês de hostilidades sem perspectivas de um armistício a curto prazo.

A Ucrânia conta com a ajuda logística, financeira e militar de boa parte dos países que compõem a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). EUA e aliados também apoiam por vias diplomáticas o governo de Kiev em resoluções discutidas na ONU.

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