O papa Francisco foi à sede da Embaixada da Rússia no Vaticano nesta sexta-feira (25) para manifestar preocupação sobre a guerra na Ucrânia. O encontro durou cerca de meia hora, de acordo com a Sala de Imprensa da Santa Sé.
Não deram detalhes da visita, mas sua ida até o líder católico a uma embaixada fora da agenda é bastante atípica. Ao menos, durante o Pontificado de Jorge Mario Bergoglio, isso nunca havia acontecido durante um conflito.
A última manifestação pública oficialmente, do líder católico sobre a crise ucraniana aconteceu na última quarta-feira (23), durante a audiência-geral. No dia, o Papa pediu orações pelo país e para que as nações não fizessem “ações bélicas”.
De maneira formal, o Vaticano se manifestou, como é padrão, pela Secretaria de Estado. No comunicado, assinado pelo cardeal Pietro Parolin, a Santa Sé dizia que ainda “há tempo para a boa vontade” e para poupar “o mundo da loucura e dos horrores de uma guerra.”
O papa iria no próximo domingo (27) para Florença, na Itália. Com fortes dores no joelho, a viagem foi cancelada por recomendação de seus médicos. Francisco também não irá presidir as celebrações da Quarta-feira de Cinzas, no próximo dia 2, que marca o início da Quaresma. Segundo o Vaticano, o médico do Papa recomendou maior período de descanso.
O papa Francisco foi pessoalmente, nessa manhã, à embaixada da Rússia tratar sobre a guerra na Ucrânia. “O Papa chegou em um veículo utilitário branco e permaneceu no prédio na Via della Conciliazione por mais de meia hora” (Vatican News). pic.twitter.com/6y6Uj10ckh
— Thomaz Albano (@Thomaz_Albano) February 25, 2022