Preconceito?

Polícia identifica agressores de casal brasileiro em Portugal

Bruno Marcelino e Kaique dos Santos Soares foram espancados quando saíam de uma festa no Cais de Gaia, no distrito de Porto

polícia-identifica-agressores-casal-portugal
Polícia identifica agressores de casal brasileiro em Portugal – Crédito: Reprodução/ Instagram

A Polícia de Segurança Pública (PSP) identificou seis dos 10 suspeitos de agressão ao casal brasileiro Bruno Marcelino e Kaique dos Santos Soares. A informação é do jornal O Globo.

Publicidade

Os suspeitos foram interceptados e identificados (cinco homens e uma mulher) com idades entre os 19 e 25 anos de idade, por terem sido indicados pelas vítimas como fazendo parte do grupo agressor”, afirmou a PSP. Um brasileiro está entre os supostos agressores. Eles foram identificados sem detenção e suas fotos serviram para reconhecimento feito pelo casal.

Em entrevista à Globo, Bruno contou que Kaique reconheceu dois dos seis suspeitos identificados inicialmente pela polícia como integrantes do grupo de agressores. “Levei muitas pancadas no rosto e na cabeça e isso me causou apagões. Não consigo lembrar do rosto das pessoas e a minha advogada solicitou que constasse isso, em decorrência dos golpes que sofri, dados com intenção de possível morte“, acrescentou.

O casal de brasileiros foi agredido quando saía de uma festa no Cais de Gaia, no distrito de Porto, em Portugal, no último sábado de 2023. Em sua conta no Instagram, Bruno escreveu que “fomos surpreendidos por um grupo de aproximadamente 10 jovens portugueses que estavam sentados no outro quarteirão, bebendo e conversando. Estes jovens nos pediram 10 euros, e quando dissemos que não tínhamos, vieram para cima da gente. Tentamos correr, mas me alcançaram, me derrubaram e deram chutes e socos na minha cabeça, Kaique ao ver a cena, tentou voltar e foi recebido com muitos socos no rosto”.

Os brasileiros acreditam que tudo foi motivado por xenofobia, homofobia e racismo, que está cada vez mais evidente aqui em Portugal. “Chamamos a polícia, que demorou a vir e quando vieram tentaram inverter a situação, queriam deixar os jovens irem embora e só foram atrás deles quando começamos a gritar. No final, não sabemos se foram ou não encaminhados para a delegacia, já que os policiais não nos deram nenhum comprovativo da ocorrência”, disse.

Publicidade

“Fomos para o hospital, nada de muito grave foi detectado, apenas os ferimentos superficiais no rosto, principalmente no olho e boca e no nariz do Kaique”.

 

Ver esta publicação no Instagram

 

Publicidade

Uma publicação partilhada por Bruno Marcelino (@bcamarcelino)

A advogada do casal, Ludimila Poirier, afirmou à Globo que as seis pessoas identificadas pela polícia são suspeitos, mas podem passar a réus no processo ainda esta semana. Ela esclarece que foram três, e não dois, os identificados por Kaique.

Publicidade

O que eu desejo é que haja a qualificação de ofensa à integridade física grave. A xenofobia, racismo e o que quer seja que ainda será apurado pela investigação, tem uma pena menor que a ofensa à integridade física (prisão de dois a dez anos)“, explicou a advogada.

O Comando Metropolitano do Porto da PSP encaminhou os dados preliminares da investigação ao Ministério Público.
 * Sob supervisão de Lilian Coelho

Assine nossa newsletter

Cadastre-se para receber grátis o Menu Executivo Perfil Brasil, com todo conteúdo, análises e a cobertura mais completa.

Grátis em sua caixa de entrada. Pode cancelar quando quiser.