O governo da França reconheceu um “problema estrutural” quando se deparou com a necessidade de fabricação dos mascotes para os Jogos Olímpicos de Paris 2024. A fabricação na China dos “chapéus da liberdade” evidenciaram a deficiência produtiva do país europeu.
Para o porta-voz do governo francês Olivier Véran, a desindustrialização de seu país explica a incapacidade produtiva:
“Adoraríamos ter na França matérias-primas e fábricas têxteis suficientes para produzir 2 milhões de bichos de pelúcia em poucos meses. (…) Em vez disso, o que podemos fazer é pressionar as empresas francesas que fabricam na China a se mudarem para a França. É um problema estrutural ligado ao fato de a França ter perdido suas fábricas durante anos”, disse em entrevista à rede France 2.
Além do desconforto gerado com os processos de fabricação, os mascotes também viralizaram nas redes da França. Segundo reportagem do jornal Folha de S.Paulo, os internautas tomaram as redes para comparar o formato dos chapéus com o de um clitóris.
Os mascotes foram apresentados pela organização dos Jogos Olímpicos na segunda-feira (14). Os barretes vermelhos significam liberdade para os franceses. Na época da Revolução Francesa, o chapéu se tornou comum entre as pessoas que eram favoráveis à República. O movimento culminou com a Tomada da Bastilha, em 1789.
🇫🇷 França divulga as mascotes das Olimpíadas e Paraolimpíadas de Paris 2024.
São 2 barretes (gorros) frígios, símbolo da liberdade na história francesa. pic.twitter.com/9ASJhFiEZA
— Eixo Político (@eixopolitico) November 14, 2022