Autoridades de Xangai reforçaram a segurança em torno de uma área central da cidade nesta segunda-feira (28) devido a protestos contra o isolamento da Covid-19, que se espalham pela China.
“Esperamos acabar com o lockdown”, disse Shi, de 28 anos, em uma vigília à luz de velas em Pequim na noite de domingo. “Queremos viver uma vida normal. Devemos todos expressar corajosamente nossos sentimentos.”
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Zhao Lijian, foi questionado sobre a irritação generalizada a respeito da política de Covid-zero da China e afirmou a repórteres que “O que você mencionou não reflete o que realmente aconteceu.”
“Acreditamos que, com a liderança do Partido Comunista da China e a cooperação do povo chinês, nossa luta contra a Covid-19 será bem-sucedida”, completou.
Nesta segunda-feira (28), os protestos abalaram os mercados globais. A mídia estatal não mencionou os protestos, mas incentivou os cidadãos a seguirem as regras da Covid. Muitos analistas dizem que é improvável que a China reabra antes de março ou abril e que precisa de uma campanha de vacinação eficaz antes disso.
“As manifestações não ameaçam iminentemente a ordem política existente, mas significam que a atual combinação de políticas da Covid não é mais politicamente sustentável”, escreveram analistas da Gavekal Dragonomics em nota. “A questão agora é como será a reabertura. A resposta é: lenta, incremental e confusa”.