Após incêndio mortal

Protestos contra política de “Covid zero” se espalham na China

Multidões foram às ruas depois que um incêndio mortal desencadeou raiva pelos bloqueios prolongados contra o coronavírus.

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(Crédito: Reprodução/ Twitter)

A política chinesa de “Covid zero” foi alvo de protestos no país na noite de sábado (27). Multidões foram às ruas com trajes de proteção na região de Xinjiang, no extremo Oeste da China, depois que um incêndio mortal desencadeou raiva pelos bloqueios prolongados contra o coronavírus.

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Na última quinta-feira (24), um incêndio em um apartamento em Urumqi, na região de Xinjiang, deixou ao menos 10 pessoas mortas. Houve acusações de que bombeiros tiveram o trabalho dificultado por portas trancadas e outros controles, o que foi negado por autoridades.

O governo do presidente Xi Jinping tem recebido críticas pelo modelo que bloqueou o acesso a algumas áreas do país na tentativa de isolar todos os casos. A estratégia difere da adotada por outros países, que estão tentando conviver com o vírus de forma controlada.

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Multidões gritavam “Fim do bloqueio!”, levantando os punhos no ar enquanto caminhavam por uma rua, de acordo com vídeos que circularam nas redes sociais chinesas na noite de sexta-feira. A Reuters verificou que a filmagem foi publicada na capital de Xinjiang, Urumqi.

Imagens mostraram pessoas em uma praça cantando o hino nacional da China com sua letra: “Levante-se, aqueles que se recusam a ser escravos!”, enquanto outros gritavam que queriam ser libertados dos bloqueios.

Outros protestos foram registrados nas cidades de Nanjing, Chengdu e Chongquing, no sudoeste da China, e Urumqi e Korla, no noroeste.

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No sábado, autoridades informaram que restrições em Urumqi e Korla seriam flexibilizadas. Com a decisão, serviços que tinham sido interrompidos, como táxis, trens e ônibus, serão retomados.

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