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Putin rejeita afirmação de derrota russa na Síria após saída de Bashar al-Assad

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Vladimir Putin – Créditos: depositphotos.com / YAY_Images

A intervenção militar da Rússia na Síria, iniciada em 2015, tem sido um tema central de discussão nas relações internacionais. Desde então, a presença russa na região tem gerado debates sobre sua eficácia e consequências para a estabilidade do território sírio. O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nesta quinta-feira (19) que a intervenção russa de nove anos na Síria não foi um fracasso. No entanto, ele demonstrou preocupação com as operações militares de Israel no território sírio desde a queda de seu aliado, Bashar al-Assad.

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Mesmo após a queda do presidente sírio Bashar al-Assad, a Rússia manteve sua posição de que a intervenção evitou que a Síria se tornasse um “território terrorista”. No entanto, a mudança no governo de Damasco e a contínua presença militar de vários atores estrangeiros levantam questões sobre os interesses geopolíticos e diplomáticos na região, especialmente em relação às operações militares de Israel.

Qual o papel de Israel na dinâmica síria?

Após a deposição de Assad, Israel intensificou suas ações militares na Síria, especificamente nos territórios próximos às Colinas de Golã, uma área de alta tensão. O país realizou inúmeros ataques aéreos com o objetivo de destruir armamentos sírios que considera uma ameaça. A Rússia, apesar de condenar a ocupação de territórios sírios, não interveio diretamente nas operações israelenses, o que gerou especulações sobre acordos tácitos entre os dois países.

As ações de Israel são justificadas, principalmente, por preocupações de segurança nacional, uma vez que as forças apoiadas pelo Irã e a presença de combatentes do Hezbollah na Síria são vistas como ameaças diretas. Ainda assim, a capacidade de Israel de operar na Síria sem intervenção séria de outras grandes potências ressalta a complexidade das alianças políticas na região.

Posicionamento da Turquia

A presença da Turquia na Síria é outro fator significativo neste intrincado cenário geopolítico. Ancara justifica suas incursões militares com a necessidade de combater forças curdas, que considera terroristas. Esse posicionamento tem gerado tensões não só com os curdos, mas também com outros países envolvidos no conflito, incluindo a Rússia.

A Turquia busca criar uma zona de segurança ao longo de sua fronteira com a Síria, alegando a defesa de seus interesses de segurança nacional. No entanto, sua presença militar é vista por muitos como uma ameaça à soberania síria, complicando ainda mais os esforços de paz e reconstrução na região.

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A continuidade das bases militares russas em território sírio, principal foco de atenção de Moscou, continua a ser uma questão de negociações intensas. A base aérea de Hmeimim, em particular, desempenha um papel crucial não só em operações militares, mas também em apoio logístico e humanitário. A expectativa russa é que, mesmo com o novo governo em Damasco, as principais bases militares sejam mantidas. Isso garantiria não apenas presença estratégica, mas também influência direta nos desdobramentos políticos e de segurança na região.

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