Vivek Ramaswamy é um bilionário e empresário da biotecnologia que recentemente ganhou destaque na política dos Estados Unidos. Embora seja novato no cenário político, ele rapidamente se destacou por suas opiniões e políticas alinhadas à extrema direita. Em 2024, Ramaswamy foi convidado por Donald Trump para comandar o recém-criado Departamento de Eficiência Governamental ao lado de Elon Musk. Essa escolha reflete a confiança de Trump nas ideias e na capacidade de inovação de Ramaswamy.
Nascido em Ohio, Ramaswamy é filho de imigrantes indianos. Seu pai trabalhou como engenheiro e advogado de patentes para a General Electric, enquanto sua mãe atuava como psiquiatra. Apesar de suas origens, ele é um defensor rígido das políticas anti-imigração, promovendo a deportação de imigrantes ilegais nos Estados Unidos. Essa postura gerou polêmica, principalmente considerando suas próprias raízes familiares.
Qual é a trajetória profissional de Vivek Ramaswamy?
Ramaswamy fez fortuna com sua empresa de biotecnologia, após se formar em biologia pela Universidade de Harvard. Além disso, ele fundou uma empresa de gestão de ativos em 2022, ampliando seu portfólio no mundo dos negócios. Aos 38 anos, ele utilizou seus recursos pessoais para financiar sua entrada na política, estabelecendo-se rapidamente como uma figura proeminente no Partido Republicano.
Autodenominado como “outsider”, Ramaswamy tenta se distanciar do sistema político tradicional, uma estratégia comum entre políticos de direita. Ele também se apresenta como um amante do rap, um gênero musical geralmente associado a questões defendidas pelo Partido Democrata. Essa ambiguidade em sua imagem pública alimenta tanto curiosidade quanto controvérsia.
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Principais propostas
As políticas defendidas por Ramaswamy são fortemente conservadoras. Ele é contra o aborto, alegando que este é um assassinato, mas acredita que cada estado deveria ter a liberdade de legislar sobre o tema, sugerindo a proibição do aborto a partir das seis semanas de gestação. Nas questões ambientais, Ramaswamy se opõe a medidas que reduzam emissões de carbono, demonstrando ceticismo em relação às mudanças climáticas.
No que diz respeito à imigração, Ramaswamy advoga pelo aumento da segurança nas fronteiras e a deportação dos imigrantes ilegais, mesmo sendo filho de imigrantes. Com relação aos direitos LGBTQIA+, ele propõe a revogação de leis que beneficiam pessoas trans, as quais ele considera como portadoras de uma “doença mental“.
Como Vivek Ramaswamy se posiciona na cultura “Woke”?
Ramaswamy se autodenomina como “anti-woke”, uma resposta direta ao movimento “woke”, que envolve jovens engajados em diversas causas sociais, políticas e ambientais nos EUA. Ele critica a ‘cultura de vitimização’ e lamenta que o país esteja, em suas palavras, repleto de “vítimas”. Essa postura visa atrair um segmento da população que se opõe ao que consideram ser uma abordagem excessivamente sensível de questões sociais.
O bilionário busca, dessa forma, consolidar sua imagem como alguém capaz de introduzir mudanças radicais no sistema político e evitar influências que, segundo ele, contribuem para uma sociedade menos meritocrática e mais dependente do governo. Essa estratégia reflete não apenas sua ambição política, mas também sua visão de um governo menos intervencionista e mais eficiente.
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