Fernando Botero, considerado o maior pintor colombiano do século passado, morreu hoje, aos 91 anos, no Principado de Mônaco, em decorrência de um quadro de pneumonia. Nascido na cidade de Medellín, em 19 de abril de 1932, Botero também era escultor.
Dono de um estilo inconfundível na pintura, o colombiano caracterizou suas obras com a representação de figuras humanas obesas ou arredondadas, em constantes referências irônicas, paródicas e nostálgicas relativas à história da arte e à vida política e social.
Botero é visto por muitos especialistas como um representante do realismo mágico latino-americano, por suas constantes referências a freiras, padres, militares, prostíbulos, e à vida nos vilarejos.
Iniciou nas artes como ilustrador do suplemento literário do jornal El Colombiano de Medellín e expôs individualmente pela primeira vez em 1951, em Bogotá. Nos anos 1950, estudou na Academia de São Fernando, em Madri, e na Academia de São Marcos, em Florença; nesta última ele se dedicou às obras de Goya, Velázquez e também dos mestres florentinos.
Viveu no México, entre 1956 e 1957, onde recebeu a influência do movimento muralista e, a partir desse momento, a vasta produção do artista foi marcada por sua deliberada aversão à arte contemporânea e pelo gosto pela pintura clássica e pela arte popular, de tradição pré-colombiana.
Em 1959, participou da V Bienal de São Paulo e dois anos depois se mudou para Nova York, onde trabalhou por doze anos, até que fixou residência em Paris. Em 1977, expôs pela primeira vez suas esculturas, no Grand Palais de Paris.
Uma grande exposição de sua obra foi montada, em 1979, no Museu Hirshhorn de Washington (EUA). Desde essa época, dezenas de outras mostras têm sido apresentadas em diversas partes do mundo, como esculturas nos Champs Élysées, em Paris (1992), na Quinta Avenida, de Nova York (1993), ou a exposição realizada na Biblioteca Luis Angel Arango, de Bogotá (1993).
Ha muerto Fernando Botero, el pintor de nuestras tradiciones y defectos, el pintor de nuestras virtudes. El pintor de nuestra violencia y de la paz.
De la paloma mil veces desechada y mil veces puesta en su trono
— Gustavo Petro (@petrogustavo) September 15, 2023