INVESTIMENTO

Reconstrução de Gaza deve necessitar de US$15 bilhões, estima autoridade palestina

“E ainda não falamos sobre infraestrutura, não falamos sobre os hospitais que foram danificados, sobre redes…”, acrescentou Mohammed Mustafa em Davos, no Fórum Econômico Mundial

Itamaraty pede que Israel cumpra decisão de Tribunal Internacional
Faixa de Gaza – Crédito: Reprodução/Youtube

O líder do Fundo de Investimento Palestino afirmou nesta quarta-feira (17) que a reconstrução de Gaza exigirá pelo menos 15 bilhões de dólares. Mohammed Mustafa, presidente do fundo, citou relatórios internacionais que indicaram a completa ou parcial destruição de 350 mil residências da região.

Publicidade

Ao calcular que 150 mil dessas casas precisarão ser reconstruídas a um custo médio de 100 mil dólares por unidade, ele enfatizou a necessidade de US$15 bilhões. “E ainda não falamos sobre infraestrutura, não falamos sobre os hospitais que foram danificados, sobre redes…”, acrescentou em Davos, no Fórum Econômico Mundial.

Além disso, vale ressaltar que esse número sugere que os custos para reconstrução de Gaza após os conflitos estão acima das estimativas apresentadas anteriormente. Depois do conflito entre o Hamas e Israel em 2014, que resultou na morte de 2.100 palestinos, o Catar investiu mais de 1 bilhão de dólares em habitação e projetos de ajuda em Gaza.

Solução política é essencial

Mustafa destacou que, a curto prazo, a liderança palestina manterá o foco no auxílio humanitário, abrangendo alimentos e água. Ainda, apontou que, em algum momento, a ênfase se deslocará para a fase de reconstrução de Gaza. No entanto, a autoridade indicou que a resolução do problema da destruição não se limita apenas à disponibilidade de fundos. Nesse sentido, ele reitera a necessidade de uma solução política.

Antony Blinken dialoga com essa declaração. Nesta terça-feira (16), o secretário de Estado dos EUA afirmou que os países árabes não demonstram disposição em participar da reconstrução de Gaza se o enclave for novamente “destruído” em alguns anos.

Publicidade

Por fim, outra emergência destacada por Mustafa é em relação à fome. “Se a guerra em Gaza continuar, mais pessoas devem morrer de fome do que da guerra”, indicou. A escassez de alimentos é um dos motivos que forçou a maioria dos 2,3 milhões de habitantes de Gaza a abandonar suas residências. Esses deslocamentos, muitas vezes repetidos, resultaram em uma crise humanitária.

*texto sob supervisão de Tomaz Belluomini

Publicidade

Assine nossa newsletter

Cadastre-se para receber grátis o Menu Executivo Perfil Brasil, com todo conteúdo, análises e a cobertura mais completa.

Grátis em sua caixa de entrada. Pode cancelar quando quiser.