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Resolução do Conselho de Segurança da ONU é um “passo insuficiente”, diz o Hamas

Published 22/12/2023
O Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou, nesta sexta-feira (22), uma resolução que facilita a entrada de ajuda e recursos às vítimas na Faixa de Gaza. Apesar dos apelos feitos pelo secretário-geral da ONU para também negociar um cessar-fogo, o acordo não discute o assunto.

Foram 13 votos a favor, nenhum contra e duas abstenções - Créditos: X/Reprodução

O Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou, nesta sexta-feira (22), uma resolução que facilita a entrada de ajuda e recursos às vítimas na Faixa de Gaza. Apesar dos apelos feitos pelo secretário-geral da ONU para também negociar um cessar-fogo, o acordo não discute o assunto.

“Durante os últimos cinco dias, a administração dos EUA trabalhou arduamente para esvaziar esta resolução da sua essência e emiti-la nesta fórmula fraca […] ela desafia a vontade da comunidade internacional e da Assembleia Geral das Nações Unidas em impedir a agressão de Israel contra o nosso país. povo palestino indefeso”, diz um comunicado do Hamas.

Ao ser perguntada se as visões dos dois órgão sobre o conflito são diferentes, a embaixadora dos EUA na ONU, Linda Thomas-Greenfield, afirmou que “não há desconexão. Estamos todos trabalhando para responder às necessidades humanitárias no terreno imediatamente. É disso que trata esta resolução, e trata-se de trabalhar com a ONU e ajudar a ONU a realizar o trabalho crítico que está realizando no terreno”. O país norte-americano absteve-se da votação.

O acordo

A resolução passou com 13 votos a favor, nenhum contra e duas abstenções (EUA e Rússia), e obriga que todas as partes facilitem e agilizem a entrada de ajuda humanitária na região da Faixa de Gaza.

“Sabemos que não é um texto perfeito, sabemos que só um cessar-fogo pode pôr fim ao sofrimento”, falou a autora do projeto e embaixadora dos Emirados Árabes Unidos, Lana Zaki Nusseibeh. O acordo foi assinado após diversos atrasos, principalmente devido aos Estados Unidos, que, diferente dos outros diplomatas, queriam que o Hamas fosse integralmente acusado pelo conflito. A potência mundial é um dos maiores aliados de Israel.

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