Donald Trump está barrado da cédula de votação das primárias do Partido Republicano do Colorado, nos Estados Unidos. A decisão, baseada na a Seção 3 da 14ª Emenda, foi tomada pela Suprema Corte do estado nesta terça-feira (19).
A decisão afirma: “A maioria do tribunal considera que o presidente Trump está desqualificado para o cargo presidencial de acordo com a seção três da Décima Quarta Emenda da Constituição. Como ele está desqualificado, seria um ato ilícito, de acordo com o código eleitoral do Estado do Colorado, que ele aparecesse como candidato na cédula das primárias presidenciais”.
É a primeira vez na história do país que a cláusula é usada para impossibilitar uma candidatura à presidência. A lei proíbe pessoas que “se envolveram em insurreição ou rebelião” contra o poder constituído de ocupar cargos federais.
A decisão, que está em suspensa até janeiro, foi tomada com base nas ações de Trump nos ataques ao Capitólio em 2021. A ação contra ele foi apresentada pelo grupo Cidadãos pela Responsabilidade e Ética em Washington (Crew, na sigla em inglês).
O documento ainda diz: “Não chegamos a essas conclusões levianamente. Estamos cientes da magnitude e do peso das questões que temos diante de nós. Estamos igualmente cientes de nosso dever solene de aplicar a lei, sem medo ou favorecimento, e sem sermos influenciados pela reação pública às decisões que a lei exige que tomemos.”
Agora, Trump aguarda o recurso, lembrando que a proibição não se aplica aos outros estados da união. O julgamento final deve ficar a cargo da Suprema Corte dos Estados Unidos.
Defesa
Segundo o porta-voz, Steven Cheung, “Os líderes do Partido Democrata estão num estado de paranoia devido à crescente e dominante liderança que o presidente Trump acumula nas pesquisas”. Ele ainda ressalta que a oposição “perdeu a fé na fracassada presidência de Biden e agora estão fazendo tudo o que podem para impedir que os eleitores americanos os expulsem do cargo em novembro [de 2024]”.
O advogado de Donald acredita que “As evidências não chegam nem perto de permitir que o tribunal tome essa decisão”. Ele ressalta que “Os autores da ação estão pedindo a este tribunal que faça algo que nunca foi feito na história dos Estados Unidos”.