O governo russo disse que estava limitando parcialmente o acesso a plataforma Facebook por restringir algumas contas de mídia pró-Kremlin, uma medida que pode tornar mais difícil para os russos compartilharem sua raiva pela invasão da Ucrânia por seu país.
O regulador russo de telecomunicações, Roskomnadzor, disse que o Facebook estava “envolvido na violação dos direitos humanos e liberdades fundamentais” porque tinha acesso limitado a quatro contas da mídia russa, incluindo a da agência de notícias estatal RIA Novosti e da televisão do Ministério da Defesa. canal, Zvezda. A partir de sexta-feira (25), a declaração de Roskomnadzor continuou, “medidas estão sendo tomadas para limitar parcialmente o acesso”.
O Facebook não comentou imediatamente. Não ficou claro o que a limitação parcial de acesso implicaria, mas pode ser semelhante à medida do governo no ano passado para desacelerar o acesso ao Twitter.
Roskomnadzor não indicou que a limitação parcial também se aplicaria ao Instagram, que também é de propriedade da empresa controladora do Facebook, Meta. As principais plataformas online americanas como Facebook, Instagram, YouTube e Twitter permanecem acessíveis na Rússia, permitindo um espaço de dissidência que não existe na televisão.
Desde que o presidente Vladimir V. Putin lançou seu ataque à Ucrânia na quinta-feira (24), muitos russos foram às mídias sociais para postar expressões de vergonha e raiva. Ativistas de direitos humanos na Rússia expressaram preocupação de que o Kremlin montaria uma nova repressão às liberdades após a invasão.
Nesta sexta-feira (25), o presidente russo segue em reuniões com tema em relação á Ucrânia. “Reunião com membros permanentes do Conselho de Segurança. O tema principal é a situação na Ucrânia.”
Meeting with permanent members of the Security Council. The main topic is the situation in Ukraine https://t.co/0jAtfv7ckR pic.twitter.com/9ed9hjBHHz
— President of Russia (@KremlinRussia_E) February 25, 2022
*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião da Perfil Brasil.
*Texto publicado originalmente no site The New York Times.