Sergio Massa busca o 2º turno e coroa sua liderança dentro do peronismo

Já se passaram 120 dias desde que Sergio Massa se candidatou à presidência de uma aliança que chegou ao fechamento de listas com fortes discussões internas e com o governo em desaprovação próxima a 80%.

No entanto, a sua nomeação conseguiu selar novamente a unidade para que a União pela Pátria chegasse a esta eleição com possibilidade de passar ao segundo turno. A intenção do tigrense também é ser coroado líder do peronismo e sabe que isso só acontecerá se passar ao segundo turno e se tornar presidente.

Sergio Massa antecipou a polarização que deveria ter ocorrido na campanha rumo ao segundo turno e enfrentou Javier Milei que já está posicionado na luta final. O cenário descrito pelo candidato do partido no poder mudou nos últimos dias: o líder libertário deixou de ser aquele que tem mais votos. Caso contrário, no ambiente mais íntimo do candidato é garantida que a diferença de votos será mínima – para cima ou para baixo.

“Agora, Massa”, vêm do bunker oficial para explicar que é um voto útil e que é o “apropriado” neste momento para enfrentar “o caos” que Milei representa . O objetivo da campanha era mostrar um líder Massa, com firmeza e capacidade de estabilizar o país, mesmo quando a economia sob seu controle apresentava fortes desequilíbrios.

Ele também ousou se mostrar como representante da mudança. Os eleitores querem um novo governo e Sergio Massa falou com eles, independentemente de fazer parte do governo de Alberto Fernández. Ele disse em mudar grande parte do gabinete, mas também em mudar de rumo, se assim for necessário. “Eu não sou o presidente”, ele respondia sempre que uma decisão não estava em suas mãos.

Massa alcançou destaque absoluto na campanha com Alberto Fernández e Cristina Kirchner afastados do palco principal, exceto por algumas intervenções do presidente e pela incursão tardia da vice-presidente CFK no TikTok.

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