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Tribunal de Haia emite ordem de prisão contra Netanyahu

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Tribunal de Haia emite mandado de prisão contra Benjamin Netanyahu por participação em crimes de guerra -Créditos: depositphotos.com / palinchak

O Tribunal Penal Internacional (TPI) é uma instituição responsável por julgar crimes de guerra, genocídios e crimes contra a humanidade. Nesta quinta-feira (21), emitiu um mandado de prisão para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, por seu envolvimento com crimes de guerra.

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O Tribunal também expediu mandados voltados para Mohammed Deif, líder do Hamas que Israel diz ter matado, e Yoav Gallant, ex-ministro da Defesa de Israel demitido há duas semanas.

De acordo com o TPI, todos os condenados cometeram crimes de guerra por atacarem civis, de ambos os lados. O Tribunal também condena Israel pelo crime de “indução à fome como método de guerra” e Hamas por “exterminação do povo“.

Os mandados valem para os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil. Desta forma, os governos se comprometeram a cumprir com a sentença e prender os condenados caso eles entrem nos seus territórios.

Quais são os desafios do Tribunal Penal Internacional?

Embora o TPI seja um órgão de justiça global, ele enfrenta limitações significativas. Uma das principais é a ausência de uma força policial própria para a execução de suas ordens. Dessa forma, depende do apoio dos países signatários para prender e extraditar indivíduos acusados, o que pode ser influenciado por interesses políticos nacionais e internacionais.

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Além disso, a falta de adesão de importantes potências mundiais ao TPI, como os Estados Unidos, Israel, China e Rússia, diminui a abrangência e a eficácia potencial das suas decisões. A composição atual do TPI e o seu alcance jurídico tornam fundamental um esforço coletivo global para reforçar e respeitar o direito internacional humanitário.

Qual a reação Internacional Frente às Decisões do TPI?

Países como a Holanda anunciaram que seguirão os mandados de prisão se forem confrontados com a presença dos acusados em seus territórios. No entanto, a reação dos acusados e seus apoiadores foi controversa. Benjamin Netanyahu e outros líderes israelenses rotularam as ações do TPI como injustas, enquanto o Hamas criticou a decisão por, segundo eles, equiparar vítimas a agressores.

Leia também: RÚSSIA ABRE PROCESSO CRIMINAL CONTRA TRIBUNAL DE HAIA POR MANDADO DE PRISÃO DE PUTIN

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