relatório final

PF conclui que Bolsonaro tinha “pleno conhecimento” de plano para assassinar Lula

O relatório da PF aponta que o ex-presidente Jair Bolsonaro tinha "pleno conhecimento" do plano para assassinar o presidente Lula.
O ex-presidente Jair Bolsonaro – Crédito: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O relatório da Polícia Federal (PF) aponta que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tinha “pleno conhecimento” do plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O relatório final do inquérito, que tem mais de 800 páginas, foi concluído no início da tarde e vai ser entregue ao STF nesta quinta-feira (21).

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Indiciamento de Bolsonaro e aliados

A PF indiciou Bolsonaro e ex-integrantes de seu governo por abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa nesta quinta-feira. O inquérito investiga uma tentativa de golpe após as eleições presidenciais de 2022. Entre os indiciados estão o general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), o general Braga Netto, ex-ministro da Defesa, o ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Alexandre Ramagem e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto.

Plano golpista e ações da PF

O plano, segundo a investigação, envolvia uma organização que planejava eliminar Lula, Alckmin e Moraes para viabilizar um golpe de Estado que manteria Bolsonaro no poder. A Polícia Federal prendeu, na terça-feira (19), o general da reserva Mario Fernandes, apontado como autor da trama golpista, junto com outras quatro pessoas, na Operação Contragolpe, deflagrada pela PF.

Um dos pontos centrais do inquérito foi o depoimento do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, também realizado na terça-feira. A declaração de Cid foi fundamental para que a corporação finalizasse a investigação, que agora sustenta a conexão direta do ex-presidente com o plano.

A PF apurou que Mario Fernandes esteve pelo menos duas vezes no mesmo ambiente que Jair Bolsonaro. As interações ocorreram durante o período em que, segundo as investigações, um golpe de Estado estava sendo articulado. Fernandes, que já foi secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência da República no governo Bolsonaro, chegou a assumir o comando da pasta de forma interina.

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