União Europeia entra em acordo para receber refugiados da Ucrânia

A ministra italiana do Interior, Luciana Lamorgese disse que a União Europeia estima que haverá um fluxo de 7 a 8 milhões de refugiados da Ucrânia

União Europeia entra em acordo para receber refugiados da Ucrânia
Refugiados chegam à cidade fronteiriça húngara de Zahony em um trem que veio da Ucrânia (Crédito: Christopher Furlong/ Getty Images)

Os países da União Europeia chegaram a um acordo nesta quinta-feira (3) para conceder residência temporária a refugiados da guerra na Ucrânia. A estratégia era urgente em meio ao fluxo incessante de pessoas saindo do território ucraniano.

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Depois da reunião de cúpula do Conselho de Assuntos Internos do bloco em Bruxelas, a ministra italiana do Interior, Luciana Lamorgese, afirmou que a medida é “um resultado que demonstra a vitalidade da Europa em um momento de grave crise”. O comentário foi publicado pela agência italiana Ansa.

A ministra também disse que a União Europeia estima que haverá um fluxo de 7 a 8 milhões de refugiados da Ucrânia. “A pressão maior será sobre os países que estão na fronteira”, disse.

A medida de proteção temporária também será estendida aos deslocados internacionais que sejam de outras nacionalidades. Países que fazem fronteira com a Ucrânia, a Eslováquia, a Hungria e a Polônia, eram contra a concessão de refúgio para não-ucranianos, que agora também serão beneficiados com a decisão.

Mais de um milhão de ucranianos já fugiram

A pressão é grande para os países fronteiriços. Mais de um milhão de refugiados fugiram da Ucrânia desde o início da invasão russa, há oito dias. O alto comissário da ONU para Refugiados, Filippo Grandi, disse que nunca viu um êxodo tão grande de pessoas em 40 anos de trabalho.

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“Em apenas sete dias, assistimos ao êxodo de um milhão de refugiados da Ucrânia para os países vizinhos. Para muitos outros milhões, dentro da Ucrânia, é hora de silenciar as armas, para que a assistência humanitária que salva vidas possa ser fornecida.”

Entenda a invasão da Rússia à Ucrânia 

Depois de vários meses de tensão e negativas, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou a invasão da Ucrânia. O exército russo bombardeia e avança por terra em cidades do sul, leste e norte do território ucraniano. 

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Um dos fatores que desencadeou o conflito foi a possibilidade da Ucrânia entrar na OTAN, aliança militar do Ocidente. Putin não admite a possibilidade e exige que a Ucrânia se comprometa a nunca entrar na organização. 

O presidente russo também alega que a Ucrânia está sob influência estrangeira e que não merece ser um país independente.

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