ELEIÇÕES

Washington Post registra perda de assinantes após não apoiar Kamala Harris

washington-post-registra
Homepage do The Washington Post – Créditos: depositphotos.com / sharafmaksumov

No competitivo ambiente midiático dos Estados Unidos, é comum que veículos de comunicação endossem publicamente candidatos eleitorais. Recentemente, esse tema voltou a ganhar destaque quando jornais de renome tomaram a decisão de não apoiar explicitamente candidatos, uma escolha que resultou em consequências significativas, especialmente na relação com seus assinantes.

Publicidade

A tradição de endossar candidatos tem suas raízes em práticas de longa data de jornais norte-americanos. No entanto, a escolha de se abster dessa prática levantou debates sobre suas implicações financeiras e editoriais. O caso do Washington Post serve como exemplo, após sua decisão de não apoiar formalmente a candidata democrata Kamala Harris, a menos de duas semanas da eleição presidencial.

Em um cenário onde as assinaturas digitais representam uma parcela importante da receita, o suporte dos leitores é crucial para a sustentabilidade financeira dos jornais. O Washington Post, que era o terceiro maior jornal dos EUA em número de assinaturas digitais, viu-se confrontado com uma reação negativa após sua decisão de abstenção política. Esta decisão, segundo análises, teria contribuído para uma diminuição significativa no número de assinaturas, trazendo à tona a discussão sobre o poder e a responsabilidade da mídia em tempos eleitorais.

Por que os jornais, como o Washington Post, evitam endossos?

Optar por não endossar candidatos pode ser interpretado de várias maneiras. Para alguns, pode ser uma tentativa de manter a imparcialidade e deixar que os leitores façam suas próprias interpretações. No entanto, críticas surgiram, questionando se a neutralidade no jornalismo, especialmente em tempos políticos acirrados, não poderia ser vista como uma omissão em face de desafios democráticos. Em redes sociais, ex-editores do Post descreveram essa neutralidade como uma forma de covardia editorial, preocupados com as possíveis repercussões ao futuro do país.

As reações dos leitores não demoraram a se manifestar. Comentários em artigos online do Post revelaram frustração entre os assinantes, muitos dos quais decidiram cancelar suas assinaturas em protesto. Este movimento levanta questões sobre o papel da mídia em tempos de polarização política e como as decisões editoriais podem impactar seu público, particularmente em um período em que a confiança na imprensa está constantemente sob escrutínio.

Publicidade

Publicidade

Assine nossa newsletter

Cadastre-se para receber grátis o Menu Executivo Perfil Brasil, com todo conteúdo, análises e a cobertura mais completa.

Grátis em sua caixa de entrada. Pode cancelar quando quiser.