O presidente Jair Bolsonaro (PL) e Valdemar da Costa Neto, presidente do PL, entraram com uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedindo a anulação de votos. Eles pedem que sejam desconsiderados todos os votos feitos em urnas de modelos UE2009, UE2010, UE2011, UE2013 e UE2015. Costa Neto questionou a segurança dos equipamentos anteriores a 2020 em vídeo divulgado no último fim de semana.
A representação foi assinada pelo advogado Marcelo Luiz Ávila de Bessa e alega “desconformidades irreparáveis de mau funcionamento“. O documento cita o laudo técnico de auditoria do Instituto Voto Lega (IVL) que foi contratado pelo partido do presidente e diz ter constatado “evidências contundentes de mau funcionamento de urnas eletrônicas”.
O partido alega que apenas as urnas modelo UE2020 seriam perfeitamente auditáveis e no segundo turno o seu uso equivaleria a 40,82%. Ainda segundo o cálculo do PL, Bolsonaro teria saído vitorioso com 51,05% dos votos.
“Os votos válidos e auditáveis do segundo turno do pleito eleitoral de 2022 atestam resultado diferente daquele anunciado por esse TSE no dia 30/10/22, conferindo posição preferencial de 51,05% da população ao presidente Jair Bolsonaro“, afirma o partido na ação.
Os problemas apontados pelo PL teriam sido registrados nos arquivos “logs de urna” onde estão o “verdadeiro código de identificação da urna eletrônica.” “Apenas as urnas eletrônicas modelo UE2020 é que geraram arquivos LOG com o número correto do respectivo código de identificação”, afirmam.
Costa Neto disse ainda, no vídeo publicado no último sábado (19) que, mesmo pedindo a anulação de votos, não pretendem pedir a anulação da eleição ou “tumultuar a vida do país” mas que iriam colocar a questão para o TSE sugerindo que estas urnas “não podem ser consideradas“.