atos terroristas

Condenados do 8/1 quebraram tornozeleiras e deixaram o Brasil; saiba quem são

Dentre os fugitivos, sete já foram sentenciados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) com penas que ultrapassam os dez anos de prisão pela sua participação na tentativa de golpe de Estado

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Condenados por manifestação golpista do dia 8/1/23 na Praça dos Três Poderes deixaram o país – Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Pelo menos dez militantes, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, que foram condenados ou sob investigação por envolvimento nos ataques às sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro do ano passado, conseguiram escapar do Brasil. Além da fuga, eles após romperam suas tornozeleiras eletrônicas.

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Um levantamento realizado pelo site UOL revela que pelo menos 51 indivíduos suspeitos de participar de atos golpistas após as eleições presidenciais de 2022 estão com mandados de prisão em aberto ou conseguiram escapar após desativarem os dispositivos de monitoramento eletrônico. Dentre os fugitivos, sete já foram sentenciados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) com penas que ultrapassam os dez anos de prisão pela sua participação na tentativa de golpe de Estado.

Quem são os condenados?

Do grupo que conseguiu escapar, seis são mulheres, com a maioria proveniente dos estados do Sul (Paraná e Santa Catarina) e Sudeste (São Paulo e Minas Gerais), com uma idade média de 50 anos.

Destaca-se que, neste ano, a reportagem identificou dez desses indivíduos que buscaram refúgio no exterior, cruzando as fronteiras de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, com destino à Argentina e Uruguai.

Entre os condenados que saíram do país está Ângelo Sotero, músico, 59 anos, de Blumenau (SC). Ele foi condenado a 15 anos e meio de prisão por tentativa de golpe de Estado e associação criminosa armada. Durante depoimento, afirmou “ter tomado conhecimento que seria preso quando estava no Palácio do Planalto, depois de um certo tempo sentado, orando”. Há cerca de um mês, quebrou o equipamento e fugiu. Seu advogado, Hemerson Barbosa, disse, por fim, que o cliente é inocente.

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Gilberto Ackermann, corretor de seguros de Balneário Camboriú (SC), pegou 16 anos de prisão por participar do 8 de Janeiro invadindo o Palácio do Planalto.

Raquel de Souza Lopes é de Joinville (SC). A PGR (Procuradoria-Geral da República) acusa Raquel de destruir bens. Ela nega.

As polícias civis de Santa Catarina e Rio Grande do Sul afirmaram não terem recebido solicitações para buscar os fugitivos. Enquanto isso, a Polícia Civil do Paraná não emitiu posicionamento. Consultados, STF e PF não se pronunciaram sobre as buscas. Até o momento, não há alertas públicos da Interpol sobre os fugitivos.

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