Anderson Torres, ministro da Justiça, encaminhou um pedido de abertura de inquérito à Polícia Federal sobre o modo de atuação dos institutos de pesquisa eleitoral.
O ministro, por meio de suas redes sociais, afirmou que o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) recebeu uma representação que sugere “‘condutas, que, em tese, caracterizam a prática de crimes perpetrados’ por alguns institutos de pesquisa”.
🚨🚨🚨 Acabo de encaminhar à #PF , pedido de abertura de inquérito sobre a atuação dos institutos de pesquisas eleitorais. Esse pedido atende a representação recebida no #MJSP , q apontou “condutas que, em tese, caracterizam a prática de crimes perpetrados” por alguns institutos.
— Anderson Torres (@andersongtorres) October 4, 2022
O presidente Jair Bolsonaro (PL), durante sua campanha no primeiro turno, questionou o resultado de algumas pesquisas que indicavam o candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como líder com grande margem.
Na última projeção do Ipec, por exemplo, Bolsonaro aparecia com 37% das intenções de voto. Na última pesquisa Datafolha, o chefe do Executivo também aparecia atrás, com 36%. Porém, nas urnas, o candidato do PL recebeu 43,2% dos votos.
Segundo alguns especialistas ouvidos pela CNN, uma das coisas que podem explicar a divergência das pesquisas dos institutos com o resultado da apuração dos votos neste domingo (2) é o conceito de “voto útil”, pois o eleitor vota de forma estratégica em alguém que não é necessariamente a sua primeira opção. Outro ponto levantado por especialistas é a defasagem dos dados do Censo, que não era feito pelo IBGE desde 2010.