COAF

Em viagem aos EUA, Bolsonaro movimentou R$ 800 mil, segundo relatório

O valor gasto pelo ex-presidente com assessores durante a viagem supera o que outros ex-presidentes costumam gastar ao longo de um ano

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Ex-presidente Jair Bolsonaro – Crédito: Valter Campanato/Agência Brasil

Em dezembro de 2022, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) transferiu R$ 800 mil para uma conta nos Estados Unidos. A informação consta no relatório emitido pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), órgão destinado ao combate à lavagem de dinheiro.

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A transação, realizada no dia 27 de dezembro do ano passado, é o principal débito de Bolsonaro em uma conta que ele mantinha em um banco público. No dia 30 do mesmo mês, o político viajou para Orlando, no sul dos EUA. Ele passou três meses no país.

Dados do Portal da Transparência mostram que a viagem do ex-presidente gerou, em média, uma despesa de R$ 7,1 mil por dia com assessores. Embora o valor devesse apenas cobrir os gastos de hospedagem e alimentação dos servidores, a soma ultrapassa o montante que outros ex-presidentes costumam gastar ao longo de um ano com esse tipo de despesa, e se aproxima do que alguns antigos representantes custam anualmente aos cofres públicos.

Valores recebidos em Pix

Ainda segundo o relatório da Coaf, no período entre 1º de janeiro e 4 de julho, Jair Bolsonaro recebeu R$ 17,2 milhões via Pix, em mais de 769 mil transações. O órgão afirma também que as transferências “atípicas” podem ser resultado de uma campanha de doações organizada por aliados do ex-chefe do Governo Federal, com o propósito de pagar multas impostas ao político durante os últimos anos.

O documento descreve que rês empresas efetuaram transferências para a conta pessoal do ex-presidente. Somadas, chegam a R$ 24,6 mil. O Partido Liberal (PL), do qual Bolsonaro é presidente honorário, transferiu R$ 47,8 mil em dois lançamentos.

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Também neste ano, o ex-presidente fez um pagamento de R$ 3,6 mil para Walderice Santos da Conceição – conhecida como Wal do Açaí – que é apontada pelo Ministério Público Federal (MPF) como funcionária fantasma no período em que Bolsonaro era deputado federal pelo Rio de Janeiro.

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