O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), deve comparecer à Polícia Federal na próxima quinta-feira (5) para prestar novo depoimento. A oitiva está marcada para as 15h e foi determinada pelo delegado Fábio Shor, responsável por uma série de investigações que envolvem o ex-presidente.
Embora a intimação não detalhe o inquérito específico, Mauro Cid está no centro das apurações sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado que levou ao indiciamento de 37 pessoas, incluindo Bolsonaro e outros militares de alto escalão.
Qual o papel de Mauro Cid nas investigações?
O militar do Exército foi uma figura-chave nas investigações que resultaram no indiciamento. Ele já prestou pelo menos 11 depoimentos à Polícia Federal, parte deles como parte de um acordo de delação premiada que ajudou a direcionar as apurações.
Cid foi inicialmente preso durante as investigações, mas deixou a prisão após formalizar o acordo com as autoridades. Desde então, tornou-se peça central para esclarecer possíveis irregularidades na gestão Bolsonaro, além de ser chamado sempre que novos elementos surgem nos inquéritos.
O caso mais recente foi encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que remeteu o inquérito à Procuradoria-Geral da República (PGR). A PGR agora deve decidir se apresenta denúncias formais contra os indiciados, incluindo Bolsonaro e Cid.
Outras investigações em curso
Além da suposta tentativa de golpe, Mauro Cid é mencionado em outros processos que seguem em andamento na Polícia Federal. Em seu papel de colaborador, ele está obrigado a comparecer sempre que intimado para fornecer esclarecimentos adicionais.
As investigações são parte de um amplo esforço para apurar a responsabilidade de integrantes do governo anterior em eventos que teriam ameaçado a ordem democrática no Brasil.
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