Mercado financeiro: governo Lula tem avaliação negativa de 90%; Haddad tem 41% de positiva

Pesquisa Quaest indicou que a avaliação do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é negativa para 90% dos agentes do mercado financeiro; o levantamento foi divulgado nesta quarta-feira (4).

Avaliação de Lula em queda

O índice apurado é 26 pontos percentuais mais alto que o último levantamento, realizado em março de 2024, e equivalente ao maior já registrado na série histórica, iniciada em março de 2023.

Esses dados destacam uma redução no percentual de avaliações positivas, agora em apenas 3%, uma queda em relação aos 6% registrados alguns meses antes, segundo o portal g1.

Adicionalmente, 7% dos agentes consideram o governo como regular, uma diminuição considerável dos 30% anteriores. O estudo ouviu 105 gestores e economistas de fundos de investimento em São Paulo e Rio de Janeiro.

Avaliação Fernando Haddad

Outro ponto abordado pela pesquisa foi a percepção sobre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Cerca de 41% dos entrevistados consideram seu desempenho positivo, embora esse número represente uma queda de 9% desde março de 2024. Já a avaliação negativa subiu de 12% para 24%, enquanto 35% avaliam seu trabalho como regular.

Os dados também indicam uma percepção de perda de força de Haddad no cenário político e econômico. Para 61% dos entrevistados, o ministro encontra-se em uma posição mais frágil em comparação ao início de sua gestão; apenas 4% enxergam um fortalecimento.

Como o pacote fiscal do governo Lula está sendo avaliado?

O pacote fiscal apresentado pelo governo também foi tópico de avaliação. Para a maioria dos agentes as medidas propostas são inadequadas.

Um total de 58% consideram o pacote fiscal insatisfatório e 42% o consideram pouco satisfatório. A isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil é vista por 85% dos entrevistados como prejudicial à economia.

• 67% dos entrevistados pretendem aumentar investimentos no exterior após o anúncio do pacote;
• Eliminação da morte ficta é avaliada positivamente por 99%, sendo considerada medida que ajudará a economia.

Arcabouço fiscal

O novo modelo fiscal apresentado pelo governo em substituição ao teto de gastos do governo anterior também enfrentou desaprovação. A pesquisa revelou que 58% dos entrevistados acreditam que o projeto não possui credibilidade alguma, enquanto 42% veem sua credibilidade como insuficiente.

Previsões para a taxa de juros do Copom

A pesquisa abordou ainda as expectativas em relação à reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) em dezembro de 2024. Há diversas previsões:

• 66% dos agentes esperam um aumento de 0,75 pontos percentuais;
• 17% preveem um aumento de 1 ponto percentual;
• 15% apostam em uma alta de 0,5 ponto percentual.

Avaliação do Congresso Nacional