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Moraes manda bloquear contas de 43 suspeitos de financiar atos golpistas

Published 17/11/2022
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Atos bloqueiam rodovias e contestam o resultado das eleições (Crédito: Agência Brasil)

O ministro Alexandre de Moraes pediu o bloqueio das contas bancárias de 43 pessoas físicas e empresas suspeitas de financiar atos golpistas. Os atos contestam a vitória do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL).

A plataforma UOL teve acesso ao documento assinado pelo magistrado do Supremo Tribunal federal (STF) no último sábado (12), onde Moraes afirma que apesar da liberdade de greve e protesto ser garantida por lei, as movimentações em questão são criminosas por defender o “rompimento do Estado Democrático de Direito e a instalação de um regime de exceção“, além da contestação e “desrespeito ao resultado do pleito eleitoral“.

Histórico

A divulgação do resultado das urnas foi o ponto de partida para que caminhoneiros bolsonaristas iniciassem o bloqueio de trechos de rodovias para contestar a apuração com manifestações que pediam intervenção militar. 25 estados e o Distrito Federal tiveram estradas fechadas e foram afetados por atrasos na chegada de mantimentos, chegando a atrapalhar até mesmo a doação de um coração.

Na decisão, Moraes ressaltou que a “intervenção federal” ou militar pode ser considerado tentativa de Abolição Violenta do Estado Democrático de Direito, crime cuja pena varia de quatro até oito anos de prisão.

O ministro também determinou que as companhias agrícolas, de materiais de construção e transportadoras afetadas pela decisão devem ser ouvidos pela Polícia Federal em até 10 dias por meio de representantes.

Lista de pessoas físicas e jurídicas suspeitas de financiar os atos

O Banco Rodobens declarou em nota ter sido “surpreendido ao verificar que consta em tal relação” e que, apesar de ainda não ter tido acesso aos atos do processo, não têm relação com as manifestações.

O administrador da Berrante de Ouro identificado como Cristiano declarou ao UOL estar recorrendo da decisão junto aos advogados da empresa, além de declarar que as manifestações não impedem o direito de ir e vir das pessoas e estão dentro da legalidade.

A administradora da Kadre Artefatos De Concreto E Construção, Josênia de Rossi, declarou estar revoltada e também deve recorrer da decisão.

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