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Padrinho de Flávio Bolsonaro é exonerado da Secretaria do Esporte

Marcelo Magalhães era titular da pasta desde fevereiro de 2020. Não foi designado um substituto

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(Crédito: Reprodução)

Nesta terça-feira (20), o governo federal exonerou o secretário especial do Esporte, Marcelo Reis Magalhães. Ele é amigo de infância e padrinho de casamento do filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro (PL), o senador Flávio Bolsonaro (PL). Não foi designado substituto para o comando da secretaria.

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A exoneração foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) e assinada por Bolsonaro. O documento também tem a assinatura do ministro Ronaldo Vieira Bento, da Cidadania, e acompanhado pela exoneração de diretores e secretários da subpasta do Esporte, vinculada à pasta da Cidadania.

Carioca, o padrinho de Flávio Bolsonaro é formado em jornalismo pela Universidade Gama Filho (RJ). Ele passou anos gerenciando a carreira de atletas, entre eles Isaquias Queiroz, medalhista de ouro na canoagem.

No fim de 2019, foi nomeado para chefiar o Escritório de Governança do Legado Olímpico (EGLO), entidade responsável pela gestão de estruturas esportivas que ficaram como legado dos Jogos Rio 2016. Entretanto, durante os 20 dias em que permaneceu nesse cargo, nunca apareceu para trabalhar, de acordo com seu então chefe, o coronel Marco Aurélio Araújo.

Marcelo foi nomeado para ser secretário em fevereiro de 2020 para substituir o general Décio Brasil. O Esporte, que sempre teve status de Ministério, foi rebaixado a secretaria por Bolsonaro. No próximo governo do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ele voltará a ser ministério.

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Segundo reportagem publicada pelo jornal Folha de S. Paulo em julho, o secretário fez quase 100 viagens para o Rio de Janeiro adquiridas pelo governo, sendo que, em quase todas elas, não houve registro de atividade pública exercida. Ele morava no Rio antes de ser nomeado para o cargo.

Não havia registro na sua agenda oficial de eventos no destino em quase todas as viagens, o que é uma exigência das regras para esses voos. Porém, o Ministério da Cidadania, pasta à qual a secretaria é subordinada, afirmou que as viagens quase exclusivamente para o Rio de Janeiro se deviam a sua atuação envolvendo o Parque Olímpico da Barra, que fica na cidade.

 

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