Um levantamento da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular mostrou que no ano passado quase 46 mil mulheres foram internadas com varizes no Sistema Público de Saúde (SUS). O número é mais que o dobro das ocorrências em 2021, mas ainda bem menor do que no período pré-pandemia. A entidade fez o levantamento com base nos dados obtidos junto ao Ministério da Saúde.
Desde 2017, o Sistema Único de Saúde (SUS) incorporou um tratamento alternativo à cirurgia. No procedimento chamado “espuma”, usado principalmente em estágios mais avançados das varizes, a equipe médica injeta no paciente um produto químico que provoca o fechamento da veia comprometida.
Segundo a Sociedade Brasileira de Angiologia, a nova técnica ajuda a reduzir o tamanho da fila. Mas ainda é preciso que os governos se empenhem para ajudar a resolver o problema.
Pressão nas veias
As varizes são veias dilatadas e deformadas que podem causar dor e inchaço nas pernas. Os casos da doença são bem mais comuns em pessoas do sexo feminino. Na rede pública, em média, a cada hora, seis mulheres são submetidas a cirurgias para tratar varizes.
Reduzir a fila
De acordo com o Ministério da Saúde, a pasta deve investir R$ 600 milhões para apoiar estados e municípios na redução da fila de cirurgias, exames e consultas. Porém, cada estado estabelece as prioridades.
A Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro declarou que está repassando R$ 120 milhões para os municípios reduzirem as filas. A pasta afirmou que se esforça para compensar a redução das cirurgias vasculares em unidades estaduais e federais.