O debate sobre a retomada ou não das aulas presenciais nas escolas públicas e privadas do Brasil, deixou muitas famílias inseguras. Essa paralisação que acontece desde a chegada da pandemia do coronavírus ao país, já se arrasta há meses entre idas e vindas.
De um lado, muitos pais se sentem inseguros, temendo que as crianças sejam infectadas pela covid-19. Por outro lado, há um movimento também grande de defensores da volta às aulas presenciais, que apontam os impactos negativos da privação prolongada das aulas, como prejuízos à saúde mental, aprofundamento da desigualdade social e dificuldades em garantir o aprendizado dos alunos.
“Até o momento, não tem indício nenhum de que a abertura das escolas contribuiu para o aumento de casos de Covid 19. No Reino Unido, que também tem uma variante bem mais transmissível, as escolas ficaram abertas e não houve registro de aumentos de casos”, explica a pediatra Dra. Ana Barroso, da Pediatria Dupla Carioca.
Segundo dados publicados no mês de março deste ano pela secretaria estadual de educação, desde a primeira semana de janeiro quando as crianças fizeram o retorno às aulas, a taxa de incidência de covid nas escolas públicas e privadas no estado de São Paulo como exemplo, foi de 41 casos para 100 mil habitantes.
Desde que as aulas presenciais foram autorizadas, esse é o primeiro estudo sobre covid na educação do Estado.
A pediatra Dra. Thatiana Peixoto, acredita que no Brasil as escolas devem continuar abertas sim, pois existe medidas de precaução , entretanto a sociedade deve cobrar das escolas públicas e privadas a execução dessa normativa de precaução como exemplo: uso máscara, álcool gel, distanciamento social, limpeza das maçanetas, uso individual do material escolar…
A pediatra deixa um aviso para os pais:
“Não adianta as escolas executarem todas as medidas corretas de proteção se nos finais de semana os pais levam as crianças para passear, viajar e participar de aglomerações em shoppings centers e praias. O importante não é só exigir das escolas, mas também fazermos a nossa parte”.
Este texto é de responsabilidade das médicas Dra. Ana Barroso (CRM/UF 52 – 0105408-2 RJ) e Dra. Thatiana Peixoto (CRM/UF 52- 0103546-0 R) e não reflete necessariamente a opinião da PERFIL.