GENÉTICA

Nutrigenômica: como o DNA pode ajudar a definir a dieta ideal para você

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Nutrição – Crédito: Créditos: depositphotos.com / VadimVasenin

O que comemos pode, de forma indireta, influenciar no que somos. Essa é a premissa da nutrigenômica, um campo emergente da ciência que explora a interação entre a nutrição e a genética. Ela busca entender como os componentes dos alimentos ingeridos podem influenciar a expressão dos genes e como a variação genética entre indivíduos pode afetar as necessidades nutricionais. Esta área tem como objetivo principal personalizar a nutrição com base na composição genética exclusiva de cada pessoa.

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O interesse por essa abordagem inovadora está crescendo devido à maior acessibilidade de testes genéticos. Tais testes auxiliam pessoas a compreenderem melhor suas predisposições genéticas em relação à nutrição, permitindo ajustes alimentares que podem melhorar a saúde e o bem-estar geral.

“A nutrigenômica estuda tanto como que cada pessoa pode ter necessidades ou metabolizações diferentes de nutrientes por causa da sua sequência genética, quanto até ao contrário, como que esses nutrientes influenciam o organismo e, de certo modo, a expressão gênica de todas as nossas células”, explicou Ricardo Di Lazzaro, cofundador do laboratório Genera, à CNN.

Como a nutrigenômica pode impactar a nutrição personalizada?

Com o avanço da nutrigenômica, há um movimento crescente em direção à personalização na nutrição. A análise genética pode identificar como diferentes nutrientes são metabolizados por alguém, oferecendo insights poderosos sobre quais alimentos são benéficos e quais podem ser prejudiciais. Por exemplo, alguns indivíduos podem ter uma predisposição genética para metabolizar carboidratos de forma ineficiente, o que pode influenciar recomendações dietéticas personalizadas.

Outro aspecto importante da nutrigenômica é o potencial de prevenir doenças nutricionais. Conhecer a composição genética permite prever intolerâncias alimentares e alérgicas, contribuindo para o planejamento de uma dieta que minimiza riscos e promove a saúde a longo prazo.

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Quais são as aplicações práticas?

Uma das principais aplicações da nutrigenômica é no diagnóstico e na gestão de intolerâncias alimentares e doenças relacionadas à dieta. A doença celíaca, uma condição grave de intolerância ao glúten, é um exemplo clássico. Cerca de 70% dessa condição é atribuída a fatores genéticos. Conhecer essa predisposição pode auxiliar no manejo precoce e evitar complicações.

Intolerância à lactose é outra área onde o conhecimento genético pode fazer uma diferença significativa. Estudos indicam que uma porção considerável da população possui uma alteração genética que afeta a digestão do leite. Identificar essas alterações pode possibilitar escolhas alimentares que evitem desconfortos gastrointestinais.

Implementar uma dieta baseada em nutrigenômica começa com a realização de testes genéticos. Depois de obter os resultados, é essencial consultar profissionais de saúde especializados para interpretar os dados e elaborar um programa alimentar personalizado. Existem etapas práticas para adotar esta abordagem:

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  • Testes Genéticos: Realizar testes que mapeiem predisposições genéticas relacionadas à nutrição.
  • Consulta Profissional: Trabalhar com nutricionistas e médicos para entender os dados genéticos e como eles influenciam as necessidades nutricionais.
  • Ajustes Alimentares: Basear decisões alimentares nas recomendações nutrigenômicas, focando em alimentos que suportem a saúde genética.

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