A Fundação do Câncer lançou hoje (14) o Prêmio Marcos Moraes de Pesquisa e Inovação para o Controle do Câncer voltado para profissionais de saúde, pesquisadores e técnicos que atuam na área de câncer.
“Ele [prêmio] perpassa todas as linhas de cuidado do câncer, desde pesquisa básica, de bancada, de laboratório, até inovação para controle do câncer. Se você tem alguma modalidade nova que sua instituição implementou para o controle do câncer, alguma abordagem inovadora do ponto de vista de gestão, inovadora do ponto de vista do cuidado do doente, da atenção, tudo isso vale”, disse à Agência Brasil o diretor executivo da Fundação do Câncer, Luiz Augusto Maltoni Filho.
Os interessados podem se inscrever até o dia 18 de julho pelo site do prêmio, escolhendo entre três temáticas: promoção da saúde e prevenção do câncer, cuidados paliativos e iniciativas para o controle do câncer.
O prêmio presta homenagem ao médico Marcos Moraes, cirurgião oncológico de renome nacional e internacional que foi diretor-geral do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca) durante quase dez anos, além de criador da Fundação do Câncer. O prêmio terá periodicidade anual. Ele é realizado pela Fundação do Câncer, em parceria com o Instituto Oncoclínicas.
A solenidade de premiação está prevista para o final de outubro, durante o 9º Simpósio Internacional Oncoclínicas. Serão selecionados três trabalhos vencedores de cada categoria, que receberão medalhas e certificados de participação. Os primeiros colocados de cada temática ganharão ainda prêmio em dinheiro, cujo valor está sendo definido pela comissão organizadora, “como um estímulo para os vencedores”, disse Maltoni.
Marcos Moraes
O médico Marcos Fernando de Oliveira Moraes, nascido em Palmeira dos Índios (AL), foi presidente do Conselho Curador da Fundação do Câncer desde a sua criação. “Fez com que ela crescesse e viabilizasse uma série de projetos”, destacou Luiz Augusto Maltoni.
Moraes foi presidente da Academia Nacional de Medicina (ANM) duas vezes e estimulou os projetos da Fundação do Câncer até sua morte, no ano passado.
Ele se formou em 1963 na Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e em cirurgia oncológica na Universidade de Illinois (EUA). Tornou-se referência nesse campo e participou de publicações e comissões científicas mundiais.
Foi representante oficial do Brasil na Organização Mundial da Saúde (OMS) e trabalhou para que o Inca passasse a ser representante oficial do Brasil na OMS para o Programa Tabaco ou Saúde, tendo contribuído para a expressiva evolução da diminuição do tabagismo no Brasil, com a queda do percentual de fumantes.
“Foi um dos batalhadores para implantação nacional da política de controle do tabagismo”, lembrou Maltoni. Além disso, valorizou e apoiou inúmeras ações na área de cuidados paliativos para doentes de câncer.
(Agência Brasil)