Construir personalidade. Administrar emoções. Desenvolver autonomia. O ato de brincar não deve ser encarado apenas como um passatempo por pais e educadores. É durante os momentos de recreação que os pequenos assimilam conceitos básicos da vida social — como aprender a dividir —, assim como há desenvolvimento de habilidades cognitivas e motoras.
Karla Badaró Verbena, fundadora da My Toy Brinquedos, explica que a seleção dos objetos que irão integrar a rotina das crianças deve ser criteriosa.
“Muitas vezes a recomendação de idade da embalagem não condiz com a capacidade motora e cognitiva da criança, por isso é preciso avaliar quais aspectos aquele brinquedo pode desenvolver na mente dela”, comenta.
Marcos motores como engatilhar, andar e sentar são indicadores que podem orientar a escolha dos brinquedos. “Os brinquedos precisam conversar com as necessidades da criança naquele momento, ensinando-as e provocando interações. Essa escolha, porém, não exclui o papel que o tutor tem de mostrar as funções de cada brinquedo, estimulando a exploração do objeto pela criança”, analisa Karla.
Na questão segurança, ela explica ser preciso vigiar, visto que muitos brinquedos podem conter peças pequenas que podem se soltar ao serem jogados no chão ou colocados na boca. O material do qual o brinquedo é feito também influencia na segurança. Os objetos feitos de pano e plástico maleável são os mais recomendados, visto que plásticos duros e madeira podem machucar.
Para crianças menores de dois anos, Verbena ressalta que os brinquedos devem ser fáceis de higienizar para evitar contaminação. “Crianças nessa idade costumam levar tudo à boca, por isso o cuidado com higiene. Não ter peças pequenas o suficiente para engolir e ser um brinquedo de materiais mais maleáveis também devem ser caraterísticas a serem consideradas”, frisa.