autonomia digital?

60% dos pais olham os celulares dos filhos, diz estudo

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Créditos: Reprodução/Canva

A pesquisa TIC Kids Online Brasil, conduzida pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), trouxe um panorama detalhado sobre o comportamento digital de crianças e adolescentes brasileiros com idades entre 9 e 17 anos. Com base em entrevistas presenciais realizadas em todo o território nacional, a pesquisa revelou que mais de 60% dos pais ou responsáveis monitoram frequentemente o uso dos celulares dos filhos, com porcentagens altas em faixas etárias menores.

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A vigilância parental é mais intensa entre as crianças de 9 a 10 anos, com 80% dos responsáveis verificando o uso do celular de forma constante. Já entre os adolescentes de 15 a 17 anos, esse número cai para 40%. Dessa forma, a pesquisa aponta uma tendência natural de maior autonomia digital à medida que as crianças crescem.

Qual é o nível de controle parental nos celulares e qual a percepção de segurança na internet?

A pesquisa também aborda a utilização de ferramentas de bloqueio e filtro de conteúdo. Apenas cerca de um terço dos pais implementa medidas como bloqueio de sites, controle de aplicativos e monitoramento de atividades online. Apesar disso, 77% dos pais acreditam que seus filhos usam a internet de forma segura, um contraste notável com os 30% de jovens que já vivenciaram situações ofensivas ou incômodas online.

Essa disparidade na percepção de segurança destaca a necessidade de maior diálogo e educação digital. Enquanto muitos pais acreditam na segurança online de seus filhos, a realidade enfrentada por esses jovens pode ser bem diferente, com uma significativa parcela relatando situações de discriminação e desconforto.

Quais são as redes sociais preferidas de crianças e adolescentes?

Na era digital, as redes sociais são centros de interação para a juventude brasileira. A pesquisa identificou que o WhatsApp, YouTube, Instagram e TikTok são as plataformas mais utilizadas entre crianças e adolescentes. Especificamente, o WhatsApp lidera entre os adolescentes de 13 a 17 anos, enquanto o YouTube é dominante entre os mais jovens de 9 a 12 anos.

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O TikTok se destaca entre crianças de 9 a 10 anos, onde supera o Instagram em popularidade. Essa variedade de plataformas reflete as diferentes necessidades de comunicação e entretenimento dos jovens em diferentes idades, sugerindo uma diversificação nas preferências e usos das redes sociais.

Como está a autonomia digital de crianças e adolescentes no Brasil?

A pesquisa TIC Kids Online Brasil também revelou que 72% dos jovens acreditam ser capazes de usar redes sociais e celulares sem a supervisão de adultos, contrastando com os 57% dos pais que compartilham dessa confiança. Essa diferença pode indicar um descompasso entre a autopercepção dos jovens sobre suas habilidades digitais e a confiança que seus responsáveis depositam neles.

Além disso, muitos jovens experimentam situações complexas online, como o contato com estranhos, o que devem ser consideradas quando se discute o nível adequado de supervisão e educação digital ofertada a esse público.

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Os dados da pesquisa conduzem à conclusão de que a conscientização e a educação digital são essenciais para garantir um uso saudável e seguro da internet por crianças e adolescentes. A implementação de medidas eficazes de proteção digital, aliada a diálogos abertos entre pais e filhos, pode reduzir o impacto de experiências negativas e promover um ambiente online mais seguro para a juventude.

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