A encefalopatia traumática crônica (ETC) é uma doença neurodegenerativa que afeta principalmente atletas, como pugilistas e lutadores de MMA, resultante de impactos repetidos na cabeça. Este distúrbio, que não tem cura, está ligado a sintomas semelhantes aos do Alzheimer, incluindo perda de memória e mudanças de comportamento. Frequentemente referida como demência pugilística, a ETC é um risco para aqueles que acumulam múltiplas concussões, especialmente em esportes de contato.
Nesta quinta-feira (24), o boxeador brasileiro José Adilson Rodrigues dos Santos, o Maguila, faleceu aos 66 anos. O ex-atleta havia sido diagnosticado há 11 anos com a condição.
A ETC tem sido um tema de crescente preocupação no mundo dos esportes, particularmente em modalidades onde traumas repetitivos na cabeça são comuns. A doença se caracteriza pela presença de emaranhados tóxicos de proteínas que danificam progressivamente o cérebro. Com o tempo, essas lesões cumulativas levam a um quadro clínico debilitante que pode acabar afetando severamente a qualidade de vida do paciente.
Como a ETC se Desenvolve?
O desenvolvimento da encefalopatia traumática crônica ocorre, principalmente, pela repetição constante de golpes na cabeça, que são típicos em esportes como o boxe e o MMA. Quando um atleta recebe um impacto na cabeça, seu cérebro move-se dentro do crânio, resultando em danos aos vasos sanguíneos e tecidos cerebrais. Este padrão de lesão repetitiva pode levar, ao longo dos anos, à ETC.
Quais são os sintomas da Encefalopatia Traumática Crônica?
Pessoas diagnosticadas com ETC geralmente exibem uma série de sintomas que variam em gravidade. Entre os mais comuns estão:
- Perda de memória curta e longo prazo
- Mudanças comportamentais súbitas, como agressividade não característica
- Problemas motores, incluindo tremores e dificuldade na coordenação
- Dificuldades cognitivas que afetam tarefas diárias
À medida que a doença avança, os sintomas se tornam mais severos, comprometendo a autonomia do paciente e a capacidade de realizar tarefas básicas, como alimentação e hidratação.
O que pode ser feito para gerenciar a ETC?
Infelizmente, não existe um tratamento específico para a ETC. A abordagem atual foca em gerenciar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente. Medidas como assegurar que o ambiente doméstico seja seguro e que haja recursos, como calendários e relógios visíveis, são fundamentais para ajudar na orientação do paciente. O acompanhamento de profissionais de saúde especializados também é crucial para monitorar a progressão da doença.
Qual o futuro da ETC nos esportes?
O reconhecimento dos riscos associados à encefalopatia traumática crônica tem levado a modificações nas regras e práticas de muitos esportes. Esforços estão sendo feitos para desenvolver capacetes e equipamentos de proteção mais eficazes, além de políticas para minimizar o número de golpes na cabeça permitidos durante treinos e competições. Apesar desses avanços, a conscientização contínua sobre a ETC é vital para proteger a próxima geração de atletas.
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