fim do chat online

O que é Omegle, palavra em destaque nas buscas do Google?

A plataforma foi retirada do ar pelo próprio criador, que cita estresse para manter o site

Omegle anuncia o encerramento de suas atividades após 15 anos de operação. A plataforma permitia a usuários de todo o mundo conversarem.
(Crédito: Reprodução)

Na última quarta-feira (8), um comunicado assinado pelo fundador da Omegle, Leif K-Brooks, foi publicado na página inicial da rede social informando o encerramento de suas atividades após 15 anos de operação. A plataforma de serviço de chat online permitia a usuários de todo o mundo se conectarem e conversarem anonimamente.

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Ao longo dos anos a Omegle registrou uma queda em sua popularidade, entretanto, no último mês o site ainda registrou cerca de 50 milhões de visitantes, de acordo com dados da empresa de análise SimilarWeb.

A plataforma registrou também um crescimento considerável de seus usuários durante o período de pandemia, o que trouxe consigo um aumento de atividades ilícitas, levando a críticas e desafios para a gestão da Omegle.

Por meio do comunicado que anuncia o encerramento, o fundador destacou os esforços contínuos para melhorar o serviço ao longo dos anos, mas reconheceu que os recentes ataques comprometeram a construtividade dessas melhorias. Leif destacou o peso financeiro e psicológico de manter a Omegle, admitindo que a continuidade do serviço se tornou insustentável.

“Sinceramente, eu não quero ter um ataque cardíaco nos meus 30 anos”, disse K-Brooks, citando o estresse acumulado por comandar o site de serviço de chat online.

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Durante os anos de operação, a plataforma recebeu diversos relatos do uso indevido por criminosos. A primeira condenação no Brasil por estupro virtual, por exemplo, aconteceu em São Paulo e ocorreu através do site. O caso envolveu uma criança que foi abordada por um adulto de Porto Alegre.

No informe, K-Brooks se pronunciou a respeito do uso indevido da Omegle. “Praticamente todas as ferramentas podem ser usadas para o bem ou para o mal, e isso é especialmente verdadeiro no caso das ferramentas de comunicação, devido à sua flexibilidade inata”, disse.

* Texto sob supervisão de Lilian Coelho.

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