MACROECONOMIA

Seis meses de governo Milei: Como está a economia da Argentina?

O atual governo conseguiu diminuir o déficit que “caiu em 6% do PIB, um recorde mundial”, segundo o economista Roberto Troster; a dívida pública se reduziu de US$ 71 bilhões para US$ 49 bilhões

Seis meses de governo Milei: Como está a economia da Argentina?
Javier Milei, presidente da Argentina desde dezembro de 2023 – Crédito: Cedoc/Perfil/Reprodução

Javier Milei tomou posse como presidente eleito da Argentina em dezembro de 2023, há exatos seis meses, ancorado no partido criado por ele: A Liberdade Avança. Os argentinos queriam mudanças econômicas.

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À época, o país vizinho apresentava indicadores econômicos alarmantes, tais como a inflação galopante (mais 300% ao ano), pagamento da dívida com o FMI atrasado, descrédito internacional, dólar nas alturas e um índice empobrecimento crescente que afetava boa parte da população de cerca de 46 milhões de habitantes. O antecessor de Milei era o presidente Alberto Fernández.

O economista e sócio da Troster & Associados, Roberto Luis Troster, reforça que a Argentina queria mudança. “Milei foi uma surpresa, algo inesperado. Ele fez uma campanha que se opunha ao que o governo existente apoiava. E ganhou com 55% dos votos”.

Ele cita que o libertário se opunha também à China, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao Papa Francisco, – “contra todos”, disse Troster sem exageros. Veja abaixo:

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Mudança na Argentina – economia

“A Argentina queria mudança e teve mudança”, reiterou Troster. A economia do país hoje apresenta índices mais satisfatórios quando comparados aos números do governo Fernández.

“Do ponto de vista macroeconômico, ele conseguir reduzir déficit. Caiu em 6% do PIB, um recorde, que acredito mundial”, esclareceu o economista.

Outro ponto importante da atual gestão foi também a redução da dívida pública “de US$ 71 bilhões para US$ 49 bilhões usando juros negativos”. O economista ainda lembra que o governo argentino subiu tarifas e realizou um ajuste de preços.

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“Do ponto vista macroeconômico, foi um sucesso: a inflação baixou e a bolsa disparou. Mas, tem problemas”, disse Troster. Segundo ele, “o objetivo da política econômica é o bem-estar da sociedade”.

“Fase 2” do governo Milei

Por outro lado, Troster salientou que agora “começa a fase 2 do Milei”. Ou seja, ele vai precisar negociar mais com o Congresso – vale destacar que o governo não detém a maioria na Câmara tampouco no Senado. “Ele tem apoio da população, mas não há apoio que vai durar pra sempre“, frisou.

Neste momento, se ele conseguir mais uma vez ser “criativo”, e apontar na direção certa, pode ser que a Argentina decole. “Isto vai ter efeitos positivos não só na Argentina, mas em todo o continente”. Demosntrando certa esperança nas políticas econômicas em voga implantadas até agora por Buenos Aires, Troster finalizou: “Torçamos para isto aconteça”.

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