O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse nesta terça-feira (3), após reunião com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, que ataques à democracia são “anomalias graves” e precisam ser combatidas e contestadas “a cada instante”.
A reunião foi marcada em meio a uma tensão entre o governo federal e o Poder Judiciário. Possivelmente, as ”anomalias’‘ a que Pacheco se refere são declarações da base bolsonarista sobre intervenção militar, fechamento do Supremo e frustração das eleições.
“O que nós não podemos é permitir que o acirramento eleitoral — que é natural do processo eleitoral e das eleições — possa descambar para aquilo que eu reputei como anomalias graves e se permitir falar sobre intervenção militar, sobre atos institucionais, sobre frustração de eleições, sobre fechamento do Supremo Tribunal Federal. Essas são anomalias graves que precisam ser contidas, rebatidas com a mesma proporção a cada instante porque todos nós, todas as instituições, têm obrigações com a democracia, com o estado de direito, com a Constituição”, declarou Pacheco.
Em nota após o encontro, o STF informou que Fux e Pacheco conversaram sobre “o compromisso de ambos para a harmonia entre os poderes, com o devido respeito às regras constitucionais”. O texto ainda diz que “as instituições seguirão atuando em prol da inegociável democracia e da higidez do processo eleitoral”.
Isso serve ao Congresso, para a sua melhor reflexão e tomada de decisões. Mas manifestações ilegítimas e antidemocráticas, como as de intervenção militar e fechamento do STF, além de pretenderem ofuscar a essência da data, são anomalias graves que não cabem em tempo algum.
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— Rodrigo Pacheco (@rpsenador) May 1, 2022