Em uma entrevista concedida ao canal espanhol TeleCinco, o presidente da Argentina, Alberto Fernández, disse que pode ser um alvo de novos atentados. Nesta segunda-feira (12), o presidente argentino afirmou que “as conversas dos envolvidos” no atentado a vice-presidente Cristina Kirchner indicavam que ele seria o “próximo”.
Cristina Kirchner foi atacada no dia primeiro de setembro, em frente ao prédio em que mora, no bairro de Recoleta, em Buenos Aires. O brasileiro Fernando Sabag Montiel tentou executar dois disparos contra o rosto da ex-presidente, mas a arma falhou.
Além de Fernando, Brenda Uliarte, sua namorada argentina, também está presa na condição de cúmplice. A polícia do país também suspeita do envolvimento de mais dois participantes no planejamento do atentado. Nicólas Gabriel Carrizo, que é visto como o “chefe” do grupo, e Sergio Eduardo Orozco foram interrogados como testemunhas e tiveram seus celulares confiscados. Ainda não há acusações formais contra os dois.
Também nesta segunda, o canal argentino Telefé exibiu uma mensagem do celular de Carrizo, onde era possível ler: “Com certeza o próximo é você Alberto, tenha cuidado!”.
Contudo, Alberto Fernández disse que “deve estar preparado para uma situação semelhante”, mas que não pode se afastar das pessoas.
“Foi um momento chocante para todos. Na Argentina, depois da ditadura [1976-1983], não houve crimes de natureza política. A imagem é muito dura, porque é um cara que dá dois tiros na cabeça de Cristina. Todos os sistemas de segurança falham, e essa pessoa sabia que, qualquer que fosse o resultado, seria presa pelas pessoas ao seu redor”, completou o presidente.
🇦🇷 A vice-presidente da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, sofreu um atentado enquanto cumprimentava apoiadores na noite do dia 1º de setembro de 2022. Um atirador tentou disparar contra a cabeça da vice-presidente, mas a arma falhou. pic.twitter.com/KXI67AQf5D
— OPSA (@opsulamericano) September 3, 2022