A Polícia Federal realiza uma ação nesta quarta-feira (15), para combater um esquema bilionário de contrabando de ouro ilegal na região da Amazônia. Na Operação Sisaque estão sendo cumpridos três mandados de prisão e 27 de busca e apreensão. Mais de R$ 2 bilhões dos investigados foram bloqueados pela Justiça.
Os locais no qual serão cumpridos os mandados são: São Paulo, Campinas e Tatuí (SP), Rio de Janeiro (RJ), Brasília (DF), Goiânia (GO) e Manaus (AM). Além de Sinop (MT), Boa Vista (RR), Belém, Santarém e Itaituba (PA).
A ação conjunta com o Ministério Público Federal e a Receita Federal investiga a organização criminosa desde 2021. A quadrilha era voltada para o “esquentamento” de ouro. Essa é uma prática utilizada para que o minério obtido ilegalmente aparente ser regularizado.
Entre 2020 e o final de 2022, o valor das notas fiscais falsas emitidas foi superior ao de R$ 4 bilhões. Esse número equivale a 13 toneladas de ouro.
Na operação participam cinco auditores fiscais, três analistas da Receita Federal e mais de 100 policiais federais. O crimes investigados são: organização criminosa; pesquisa, lavra ou extração de recursos minerais sem a autorização necessária; lavagem de capitais; adquirir e comercializar, sem autorização, ouro obtido a partir de bens da União.
Como funcionava o esquema
Para a Polícia Federal, empresas menores recebiam o ouro ilegal e as notas fiscais falsas. Depois, eram emitidas novas notas para que desse a impressão de legalidade ao ouro. Só então, o ouro era repassado para empresas maiores, com o intuito de serem exportados.
O minério era extraído da Amazônia Legal e exportado por uma empresa sediada nos Estados Unidos. O contrabando do ouro era enviado para vários países como tália, Suíça, Hong Kong e Emirados Árabes Unidos.
Para que o negócio parecesse legalizado para a Receita Federal, uma das formas criadas pela quadrilha foi: criar estoques fictícios para acobertar a verdadeira origem do minério ilegal.
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