A Meta esclareceu à Advocacia-Geral da União (AGU) que o encerramento do programa de checagem de fatos da empresa nas redes sociais ocorrerá, inicialmente, apenas nos Estados Unidos. Segundo o documento enviado pela companhia, a medida será testada e ajustada antes de uma possível expansão para outros países.
“A Meta desde já esclarece que, no momento, está encerrando seu Programa de Verificação de Fatos independente apenas nos Estados Unidos, onde testaremos e aprimoraremos as Notas da Comunidade antes de dar início a qualquer expansão para outros países”, informou a empresa.
Como a mudança impactará o combate à desinformação?
No documento, a Meta detalhou que as alterações foram desenvolvidas para equilibrar liberdade de expressão e segurança. A empresa argumenta que a aplicação excessiva de políticas no passado, em alguns casos, limitou o debate político e restringiu a livre expressão.
A companhia afirmou que continuará usando sistemas automatizados para identificar violações graves, como terrorismo, exploração sexual infantil, fraudes e outros crimes. No entanto, as ferramentas não serão mais aplicadas a conteúdos considerados de baixa gravidade, com o objetivo de reduzir erros e excesso de moderação.
“Esperamos que nossa abordagem para a desinformação seja aprimorada com o empoderamento de nossos usuários, que decidirão quando postagens são potencialmente enganosas e precisam de mais contexto, reduzindo o risco de vieses nas decisões de moderação de conteúdo”, destacou a empresa.
Resposta da Meta à AGU
A manifestação enviada pela Meta atende à determinação da AGU, que exigiu esclarecimentos sobre o fim da checagem de fatos. Na última sexta-feira (10), o órgão expressou preocupação com as possíveis consequências da decisão e cobrou medidas das big techs para preservar a integridade do ambiente informacional.
A Meta, que administra plataformas como Instagram, Threads, Facebook e WhatsApp, anunciou as mudanças no dia 7 de janeiro. Entre as novas diretrizes estão a redução de filtros e moderação de conteúdos, além do encerramento da checagem de fatos. O CEO da empresa, Mark Zuckerberg, também mencionou a intenção de trabalhar com o governo do presidente Donald Trump para enfrentar ações de censura promovidas por outros países.
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