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Mato Grosso desbanca a Argentina e se torna o 3º maior produtor de soja

Os agricultores argentinos enfrentam perdas de US$ 14 bilhões na produção da safra de soja, milho e trigo devido à seca.

Mato Grosso desbanca a Argentina e se torna o 3º maior produtor de soja
Segundo estudos, Mato Grosso superou a Argentina na produção de soja em razão do crescimento de áreas agriculturáveis e pela seca no país vizinho (Crédito: Canva Fotos)

Mato Grosso já é o terceiro maior produtor de soja no mundo, ficando atrás apenas dos EUA e do Brasil. De acordo com o levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a produção de soja no estado, durante a safra 2022/2023, é estimada em 41,46 milhões de toneladas.

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Este número alça o estado do Centro-Oeste brasileiro ao posto de terceiro  lugar no pódio dos maiores prtodutores de soja; a Argentina, atual terceira colocada fica, então, na 4º posição pelos números do Foreign Agricultural Service (FAS), do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. A safra do país vizinho é estimada em 33 milhões de toneladas pela agência americana.

Ainda pelas estimativas do FAS, a soja brasileira tem uma previsão de 153 milhões de toneladas para a safra atual; deste total, cerca de 25% são provenientes de Mato Grosso.

O estado, ainda que esteja sofrendo um período de “estresse hídrico”, segundo o Imea, deve produzir 1,4% a mais de soja do que o registrado na safra anterior. Entre as razões, estão o crescimento de áreas agriculturáveis e o emprego de tecnologia de ponta.

Ao mesmo tempo, a produção argentina tem recuado de maneira drástica, tanto que a estimativa de 33 milhões de toneladas de soja, divulgada pelo FAS, pode estar sobrevalorizada. Os cálculos da Bolsa de Comércio de Rosário, divulgados no último dia 8 de março, apontam que a Argentina deve produzir 27 milhões de toneladas no ciclo atual.

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Este valor coloca a safra de 2022/2023 como a pior desde a virada do século. A queda sem precedentes na produção argentina acontece devido à crise climática enfrentada pelos agricultores, na qual uma seca histórica, a pior em 60 anos, tem arrasado a região dos Pampas, principal produtora de grãos no país.

O chefe de pesquisa econômica da Bolsa de Cereais de Rosário, Julio Calzada, disse, em entrevista à agência Reuters, que “estamos enfrentando um evento climático sem precedentes”. Ele ainda acrescentou que os agricultores enfrentam perdas de US$ 14 bilhões e 50 milhões de toneladas a menos na produção de grãos de soja, milho e trigo. “É inédito que as três safras fracassem. Estamos todos esperando que chova”, relatou.

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